domingo, 4 de dezembro de 2016

VIAGEM À SERRA DA IBIAPIABA/CE (20/04 a 25/04/2016) Parte I - VIAGEM DE IDA



O marasmo dominou nosso moto grupo, meus leitores. Vocês perceberam pela diminuição na frequência de atualização de nosso blog. Depois de nossa grande viagem pela América do Sul, nosso grupo se acomodou. Mas nos meses deste segundo semestre de 2016, novos ventos sopraram. Troquei de moto (assim como muitos dos nossos integrantes), ampliei meus contatos, conhecendo outros motociclistas, e novas oportunidades de viagens surgiram. Prevejo muitas viagens no ano de 2017. Até lá, retomarei minha missão de documentar e mostrar os lugares que visitamos. Retomarei os trabalhos com o relato da única viagem que efetivamente fizemos no 1º semestre de 2016. Vou mostrá-la em 03 posts, para que a leitura não fique cansativa. Neste post inicial relatarei a viagem de ida, ocorrida nos dias 20 e 21/04/2016.

Eu (Marcos) e Pedro Henrique fomos à Serra da Ibiapaba, no Ceará. Para quem não conhece, é uma chapada que faz a divisa entre os estados do CE/PI, que possui um micro clima peculiar, devido à sua altitude, contrastando com o clima seco do sertão que se esparrama aos seus pés.

O curioso é que essa viagem quase não ocorreu. Muito havia sido planejado, mas na hora do vamos ver, os candidatos a viajante haviam desistido, ao longo dos meses iniciais de 2016. Eu pretendia reservar 10 dias de minhas férias, para circular pela região e suas vizinhanças. De lá o Delta do Parnaíba e os Lençóis Maranhenses ficam relativamente próximos. Com a falência do projeto, desisti.

Um belo dia, o qual não me recordo a data especificamente, Pedro Henrique me ligou, convidando-me para fazer a viagem, em escala menor, indo apenas até a referida serra. Não tínhamos férias marcadas, mas com alguns feriados e folgas negociadas com nossos chefes, conseguimos ao todo, 06 dias: 02 dias de viagem para chegar em Viçosa do Ceará/CE (que fica na Serra da Ibiapaba), 02 dias de permanência e passeios pela região e 02 dias de viagem para voltarmos. Para mim foi o mesmo que juntar a fome com a vontade de comer!

Eu e Pedro Henrique combinamos que a ida seria pelas estradas que são mais próximas ao litoral (BRs 101, 304 e 222) e a volta pelo interior, para conhecermos novos caminhos.

No dia 20/04/2016, parti de Recife/PE, em viagem solo até João Pessoa/PB, pela BR 101, às 06:35 h. Cheguei ao ponto de encontro (posto Shell, 1º na estrada que circunda a capital paraibana) às 07:54 h, percorrendo 114 km neste trecho inicial. Pedro ainda não havia chegado e fiquei esperando-o por algum tempo. Logo que ele chegou, reiniciamos nossa viagem. Partimos do referido posto, às 08:20 h, com parada projetada para os arredores de Natal/RN.

Continuamos nosso trajeto pela BR 101, sem ocorrências, exceto uma chuva ocasional já no RN. Chegando na entrada para Natal/RN, viramos em direção a Mossoró/RN, agora pela BR 304, rodando alguns Kms por ela, parando num posto BR às margens da mesma, no município de Macaíba/RN. Chegamos às 10:04 h, percorrendo 170 km neste trecho. Reabastecemos as motos, esticamos as pernas e arriscamos um pastel como rápido lanche. Saímos de lá às 10:40 h, reiniciando nossa viagem, com parada prevista em Açu/RN.


Continuamos pela BR 104, desta feita em pista simples, sem nenhum incidente. Paramos num posto BR à beira da estrada em Açu/RN às 12:43 h, percorrendo redondos 200 km neste trecho. Partimos de lá às 13:30 h, para o trecho final programado para o dia, até Canoa Quebrada, em Aracati/CE, belo local de nosso pernoite.

Continuamos ainda pela BR 304, sem incidentes até Mossoró/RN. No trecho entre Mossoró/RN e Canoa Quebrada, senti aos poucos a moto oscilar, e de imediato reduzi a velocidade e parei no acostamento. Verifiquei que o pneu traseiro havia baixado. Pedro vinha logo atrás e parou para me auxiliar. Inicialmente utilizei uma daquelas latas de “conserto de pneu”, de marca genérica (xing ling), que não funcionou. Por sorte Pedro tenha uma outra, de grife (Motul), que funcionou, injetando a espuma no pneu e dando-lhe certa calibragem. Resolvemos seguir devagar, enquanto fosse possível, tentando encontrar um borracheiro. Rodamos alguns quilômetros e logo a moto voltou a ficar instável. Parei no acostamento, já pensando na trabalheira em ter de desmontar a roda traseira, em pleno fim de tarde. Por sorte Pedro me indicou que existia um borracheiro a poucos metros de distância, que eu não havia percebido. Seguimos até lá e fomos muito bem atendidos. A câmara de ar ainda era a original, com mais de 34.000 km rodados e provavelmente, rasgou-se por desgaste natural. Não havia prego no pneu. Como eu havia trazido uma câmara ar nova, de reserva, o problema foi resolvido. Mesmo assim mandei consertar a antiga, para o caso de alguma necessidade futura. Com tudo isso, somente chegamos à nossa pousada em Canoa Quebrada, por volta das 17:00 h, depois de perambular em várias lojas e revendas de moto de Aracati/CE, em busca de latas de reparo de pneu, não obtendo sucesso, tendo percorrido 180 km neste trecho final.

Uma vez alojados, meu disposto parceiro de viagem saiu para ver o por de sol na praia, enquanto eu preferi relaxar, após algumas loiras geladas e um bom banho. Percorremos 664 km neste primeiro dia, festejado com um jantar numa churrascaria (argentina), à beira da praia.


Na manhã do dia seguinte (21/04/2016), após um bom café da manhã, partimos de Canoa Quebrada, parando num posto para reabastecimento. Lá encontramos um casal, cada qual com seu triciclo, que também estavam percorrendo o NE brasileiro. Saímos do posto às 09:10 h, retomando nossa viagem. Optamos por seguir pela BR 304 e depois pela BR 116, em detrimento da rodovia estadual CE 040, mesmo com um percurso aumentado em uns 20 km, em função do feriadão e da grande quantidade de radares existentes nessa rodovia. Seguimos sem incidentes pelas BR 304 e depois pela BR 116. Pegamos o anel viário que contorna Fortaleza/CE, com tráfego muito intenso, parando num posto Shell, já em seu trecho final, próximo à BR 222. Chegamos às 11:10 h, percorrendo 182 km neste trecho. Fizemos uma breve parada, saindo às 11:33 h.

Seguimos pela BR 222 até a cidade de Irauçuba/CE, parando num posto à beira da estrada, às 13:10 h, percorrendo 149 km. Chamou a atenção neste trecho a passagem por Itapagé/CE, região montanhosa e muito bonita de se percorrer. Reiniciamos nossa viagem às 13:42 h, com destino final em Viçosa do Ceará/CE.

Continuamos pela BR 222, contornando Sobral/CE, efetuando a subida da Serra da Ibiapaba, com trânsito lento por conta de ônibus e caminhões, deixando esta estrada na altura de Tianguá/CE, onde entramos na CE 187, rodovia que dá acesso à cidade de Viçosa do Ceará/CE. Chegamos às 16:07 h, tendo percorrido 200 km neste trecho final.


Percorremos ao todo, neste segundo dia, 531 km. Viçosa do Ceará/CE é uma bela cidade serrana, cujos encantos detalharei melhor no próximo post. Fomos muito bem recepcionados por Márcio, primo de Pedro, que nos levou num bar/restaurante muito bom, para um merecido relax dos viajantes.


No próximo post continua!


domingo, 26 de junho de 2016

VIAGEM A MONTEIRO/PB (14/11 A 15/11/2015)



Antes de mais nada devo dar algumas explicações aos meus fiéis leitores. Fiz um hiato muito grande desde a publicação de meu último post.

Depois de nossa fenomenal viagem pela nossa América do Sul, a qual tive o empenho em relatar da forma mais fiel possível nos posts deste blog, relaxei com a missão de efetuar o registro das viagens de nosso moto clube. É bem verdade que nos encontramos num período de entressafra de nossas viagens. Desde a grande viagem, foram poucas que empreendemos. Na maioria das vezes fizemos curtos passeios (vai-e-volta), para cidades próximas a Recife/PE.

Mas parafraseando aquela música, “toda forma de viagem vale a pena...”, resolvi retomar o relato de nossas viagens.

Inicio hoje com a viagem que fizemos a um dos grandes encontros motociclísticos de nossa região: o 13º EMOCAP, ocorrido no período de 13/11 a 15/11/2015, na cidade de Monteiro/PB.

Fomos nessa viagem, eu (Marcos), Antônio, Hélio e sua esposa Irece.

Nossa partida ocorreu no dia 14/11/2015, um sábado. Eu e Antônio combinamos de nos encontrar no posto Ipiranga, na BR 232, logo na saída de Recife/PE para o interior. Hélio e Irece nos encontrariam mais adiante, no posto Total, na saída da cidade de Pombos/PB.

Cheguei ao ponto de encontro combinado e Antônio já se encontrava por lá. Saímos às 06:41h, em direção a nosso outro ponto de encontro. Chegamos ao posto Total em Pombos/PB às 07:13 h. Não registrei a quilometragem percorrida neste trecho inicial, mas conforme pesquisa no Google Maps, são aproximadamente 50 km. Como Hélio e Irece ainda não haviam chegado, tivemos de esperar um pouco por eles. Logo o casal amigo chegou, de forma que reiniciamos a viagem às 07:32 h, com destino à Churrascaria Nossa Sra. de Lourdes, em São caetano/PE, local programado para nosso café da manhã. Chegamos ao nosso objetivo às 08:26 h. Percorremos 88 km neste trecho.

Após um lauto café da manhã, um daqueles tipicamente nordestino, que valem por um almoço, reiniciamos nossa viagem. Saímos em horário não registrado por mim, seguindo ainda pela BR 232, em direção à cidade de Arcoverde/PE. Chegamos ao nosso destino, parando no posto/hotel Cruzeiro em Arcoverde/PE às 11:00 h, percorrendo 111 km neste trecho. Fizemos uma breve parada para re-hidratação dos pilotos e reabastecimento das motos. Encontramos um colega motociclista, que também seguiria até Monteiro/PB.



Partimos em horário novamente não registrado por mim (já fui mais metódico, confesso), com destino final em Monteiro/PB. Nosso amigo que conhecemos na parada em Arcoverde/PE nos acompanhou até a cidade de Sertânia/PE, indicando-nos a saída para a cidade de Monteiro/PB. Chegando ao nosso destino, restou ainda alguma perambulação pela cidade, até acharmos a Pousada Seu Tião, local de nossa hospedagem. Chegamos à sua porta à 12:41 h, percorrendo 95 km nesse trecho final.
Como a programação do EMOCAP estaria concentrada no horário noturno, ficamos relaxando alí pela pousada, tomando umas merecidas cervejas geladas. No resto da tarde, um bom cochilo, para a maioria de nós, eu incluído.



À noite, na hora de seguirmos para o centro da cidade, resolvemos deixar as motos na pousada e irmos a pé. Assim teríamos total liberdade para uma eventual degustação etílica, embora a possibilidade de fiscalização fosse próxima a zero. Não era uma distância significativa, mas o proprietário da pousada gentilmente se ofereceu para nos levar e para nos buscar. Coisas da hospitalidade interiorana.

Chegamos cedo e vimos que pouco a pouco a movimentação aumentava, com o passar das horas. Presenciamos a partida de um passeio motociclístico noturno, que seria finalizado com um jantar patrocinado pela prefeitura local. Como estávamos como pedestres, perdemos essa boquinha livre, que pelo que soubemos depois, foi muito boa. Jantamos num restaurante lá pelo centro mesmo, ficamos por ali mais algum tempo, e voltamos ainda relativamente cedo para a pousada, como bons meninos que somos, conduzidos pelo gentil proprietário da pousada. Uma boa noite de sono era tudo que queríamos, para um bom retorno aos nossos lares, no dia seguinte.

Nosso grupo acordou cedo, e enquanto esperávamos a arrumação para o café da manhã, conversamos com alguns de nossos irmãos motociclistas, que também se hospedaram por lá e seguiriam viagem logo após o café, assim como nós.



Como no percurso da vinda a Monteiro/PE, fizemos o trajeto via BR 232 e Sertânia/PE, resolvemos voltar por outro caminho, seguindo por uma estrada recém asfaltada, que liga a cidade de Sumé/PB a Jataúba/PE, de lá passando por Santa Cruz do Capibaribe/PE, pegando a BR 104, em direção até Caruaru/PE, onde pegamos novamente nossa velha conhecida, a BR 232.

Saímos da pousada à 07:51 h, seguindo em direção a Sumé/PB. Logo na chegada a esta cidade, pegamos uma bifurcação à direita, seguindo em direção à cidade do Congo/PB e Jataúba/PE. A estrada já era minha conhecida, e alertei os demais acerca dos “tobogãs” existentes no trecho de Sumé/PB ao Congo/PB. Esses “tobogãs” são um trecho com uma sequência de subidas e descidas, que causam a sensação de que a moto vai saltar, ao final de cada subida e início de uma nova descida. É conveniente não abusar da velocidade neste trecho. Paramos no posto Seta em Jataúba/PE às 08:54 h, percorrendo 99 km neste trecho.

Demoramos muito pouco, de forma que às 09:00 h partimos para Santa Cruz do Capibaribe/PE. Foi um trecho curto de 39 km, e paramos num posto muito bem estruturado, às 09:31 h. Fizemos mais uma rápida parada, e saímos às 09:48 h, com previsão de parada em Pombos/PB, ponto de despedida da casal Hélio/Irece. Seguimos sem problemas e chegamos no posto BR às 11:26 h, percorrendo 133 km neste trecho. Hélio encontrou alguns amigos seus, também motociclistas. Saimos de lá por volta das 11:50 h.


Hélio logo nos deixou, pegando a entrada para Vitória de Santo Antão/PE. Seguimos apenas eu e Antônio, em direção a Recife/PE, passando defronte ao posto Ipiranga (marco zero de nossa viagem, no dia anterior) às 12:17 h, percorrendo 47 km neste trecho final.

Finalizamos nossa primeira viagem pós-Ruta de Los Andes, percorrendo ao todo 662 km. Esta quilometragem refere-se ao ponto de partida no posto Ipiranga em Sto. Aleixo, na BR 232, sendo computada para os devidos registros, para mim (Marcos) e Antônio. Hélio (e claro, sua acompanhante Irece) computaram 565 km em seu registro.

Segue abaixo link para o álbum da viagem, com as (poucas) fotos que tiramos.