Sábado, 30/06/2012, último dia do 1º semestre de
2012. Marcamos para esta data nossa viagem de junho/2012, que também seria a
última deste semestre.
Em nossa reunião mensal ocorrida em
02/06/2012, foi aceito mediante votação, o roteiro sugerido pelo conterrâneo
Lauro: a Conchas Pousada, na praia de Tabatinga, município do Conde/PB, o qual
ocorreria na data supra citada. Ficou acertado também que o ponto de encontro
seria, por coincidência, num posto Dislub, existente logo na entrada de Abreu e
Lima/PE, ao lado do Armazém Coral. O horário de partida ficou estipulado para
as 07:00h.
No dia da viagem, eu (Marcos) fui o
primeiro a chegar, por volta das 06:39h. Antônio chegou pouco tempo depois, e
em seguida chegaram Lauro e Rogério, que desta vez não vei com sua esposa, mas
trouxe o colega Alef na garupa. O outro participante, o conterrâneo novato
Humberto, enviou-me um SMS avisando que já estava a caminho. Resolvemos
esperá-lo, pois era sua primeira viagem conosco.
Longos minutos se passaram...Após
diversas tentativas de contato via celular, resolvemos partir, deixando um
recado com os frentistas do posto, de que o esperaríamos no Rei das Coxinhas,
logo após a divisa PE/PB. Afinal de contas já eram 07:30h, ou seja, 30 minutos
além do horário estipulado para a partida. Todos os demais subiram em suas
motos e partiram, enquanto eu fiquei ainda digitando um SMS para o Humberto.
Antes que eu terminasse eis que chega o retardatário! Ele ainda foi calibrar os
pneus e eu fiquei esperando.
Saímos do posto Dislub apenas às
07:40h, eu e Humberto, pois os demais já estavam na estrada, a esta altura do
campeonato.
Passamos pelo centro de Abreu e
Lima/PE, com seu trânsito sempre caótico e logo após, uma sequência
interminável de “pardais”, os quais limitam a velocidde a 50km/h, até a entrada
para Itamaracá/PE. Qualquer deslize é multa na hora!
Após a entrada para Itamaracá/PE,
quando efetivamente começa a BR 101
Norte, pudemos seguir viagem no nosso ritmo habitual, sendo acompanhados
de tempos em tempos por chuvas rápidas. A certa altura do percurso, Humberto
deu uma acelerada e deixou-me para trás. Pensei comigo mesmo: na pressa esqueci
de explicar-lhe como se viaja em grupo. Segui sozinho até o Rei das Coxinhas,
onde já se encontravam os demais conterrâneos; Antônio, Lauro, Rogério, e o
garupa Alef, porém nada do Humberto. Para minha surpresa, quando ainda estava
estacionando minha moto, o vi passando direto, em direção a João Pessoa/PB. Não
precisamos correr em sua busca, pois ele percebeu o fato e fez o retorno. Percorremos
65 km neste trecho e chegamos às 08:30h.
Durante nosso lanche
matinal, Humberto explicou que havia acelerado porque havia esquecido de
reabastecer a moto, e precisava parar num posto. Por isso não percebi que o
havido ultrapassado.
Após nos “reabastecermos”, saímos em
direção a João Pessoa/PB, cientes de que teríamos de fazer uma entrada à
direita, alguns quilômetros antes da capital paraibana. Infelizmente, este
narrador não registrou a hora de nossa partida do Rei das Coxinhas. Seguimos
por cerca de 17km pela BR 101 e chegamos à entrada para o município de
Conde/PE. Os conterrâneos que seguiam à frente da formação, quase passaram
direto, pois a placa não estava lá muito visível. Deixamos a BR 101 e seguimos
pela PB 018, onde rodamos cerca de 21 km, sendo que os cerca de 02 últimos km
em pista de terra/areia. Fomos seguindo as placas indicativas da Conchas
Pousada e chegamos lá sem problemas, às 09:42h, percorrendo 38km, desde o Rei
das Coxinhas.
Ao chegarmos, foi colocado à nossa
disposição um quarto, à título de cortesia, o qual nos foi muito útil, servindo
à nossa logística motociclística (guarda das bagagens, dos equipamentos de
viagem, troca de roupa, etc). Parabéns à
administração da pousada e ao conterrâneo Lauro pela iniciativa. A
proprietária da pousada, a sra. Suzane, veio pessoalmente nos receber, dando as
boas vindas e repassando-nos o cardápio do almoço.
Após nos instalarmos,
fomos conhecer a pousada e a praia. A pousada está muito bem localizada, bem em
frente à praia, em cima de uma falésia não muito elevada. As instalações são
bastantes confortáveis, possuindo 03 piscinas e algumas redes para descanso dos
hóspedes, embalados pelo barulho da mar. A pousada estava praticamente vazia,
pois além de nós só vi outra família por lá.
Convenhamos que a
última semana de junho não é o período ideal para um passeio à praia, mas fomos
brindados com um tempo muito bom, logo após aquelas chuvas no começo de nossa
viagem.
A praia é de mar aberto, com ondas
bastantes fortes, recomendando-se cuidado aos banhistas mais afoitos. Como além
disso, a temperatura da água não estava das mais convidativas, resolvemos fazer
uma caminhada. Nos encaminhamos em sentido ao sul e nos deparamos com uma
interessante formação litorânea: o “maceió de Tabatinga”.
Confesso que não
conhecia o termo, exceto com relação à sua utilização para a capital alagoana.
Humberto esclareceu-nos que se trata de pequenos cursos d´água que desembocam
no mar e que são dominados por este, que invade seus leitos. O visual é muito
bonito, pois umas das margens é constituída por um morro. A maré estava
enchendo e o riozinho apresentava uma forte correnteza no sentido das suas
cabeceiras. Não nos fizemos de rogado e atravessamos o mesmo. O morro que
margeia o rio possui algumas cavernas, infelizmente maculadas por lixo deixado
por banhistas irresponsáveis.
Ficamos um pouco nos arrecifes
existentes por lá e retornamos à pousada.
Como o almoço só sairia às 13:30h
ficamos usufruindo das opções de lazer da pousada. Alguns foram às piscinas,
outros aproveitaram as redes para um cochilo. Somente Lauro mostrou-se mais
disposto, e saiu de moto para visitar alguns hotéis e outras pousadas nos
arredores.
Por volta das 13:00h nos dirigimos
todos ao restaurante, que fica situado defronte ao mar. O almoço correspondeu
às expectativas criadas pela sra. Suzane e estava realmente muito saboroso.
Notamos inclusive um grande aumento no afluxo de pessoas à pousada, que
funciona também como restaurante aberto ao público em geral.
Terminado o almoço,
hora de pegar a estrada novamente. Voltamos ao nosso quarto, para vestirmos
nossa indumentária motociclística, pagamos nosso “day use”, e saímos de lá às
15:15h. Enquanto arrumávamos nossas bagagens, Antônio infomou-nos que
precisaria reabastecer sua moto. Combinamos que ele partisse na frente,
esperando-nos no posto.
Saímos logo após, e poucos minutos
depois encontramos Antônio no posto. Partimos todos em direção a PB 018.
Antônio e depois Lauro e Humberto dispararam na frente e eu Rogério ficamos
para trás. Pensei mais uma vez comigo mesmo: na próxima parada vou ter que
repetir para eles mais uma vez, que estamos viajando em grupo, e portanto
devemos viajar “juntos”, independentemente de quantas cilindradas ou cavalos
tenha sua moto. Sei que ter uma moto potente e veloz nos convida a dar umas
aceleradas, mas na vida não se pode ter tudo. Abdica-se de alguns quilômetros
por hora a mais, em troca da segurança e o companheirismo dos demais. Não
precisamos viajar colados uns aos outros, mas é importante que o colega que
segue à frente, tenha sempre em seu retrovisor, a visão do companheiro que vem
logo atrás, diminuindo a velocidade e se preciso, parar ou voltar para
verificar se tudo está bem. Isso não impede que, desde que previamente
acordado, alguns colegas informem que irão mais rápido em determinado trecho,
aguardando os demais no próximo ponto de parada. Ou que se combine que a saída
dos mais rápidos ocorra alguns minutos após a largada dos demais. Esse é um dos
princípios fundamentais de nosso grupo, o qual iremos sempre cobrar.
Paramos no Rei das Coxinhas, eu e
Rogério, que viemos numa mesma tocada, desde a pousada, e lá chegando
encontramos apenas Humberto e Lauro. Nem sinal de Antônio. Ficamos no terreno
das especulações sobre o que teria acontecido, e concluímos que ele havia
resolvido seguir direto sozinho, sem nos comuncar explicitamente que seria esta
sua intenção. Aqui vou dar uma de chato, mais uma vez: viajar em grupo, nos
impõe responsabilidades para com o mesmo, devendo-se informar a todos qualquer
alteração na programação original, previamente.
Partimos do Rei das Coxinhas, e
desta feita parece que o “puxão” de orelha deu resultado, pois seguimos todos
juntos. Infelizmente mais uma vez não registrei nosso horário de partida.
Combinamos de parar na altura de nosso ponto de partida, em frente ao
Restaurante Catarinense, exatamente do lado oposto ao posto Dislub, na BR 101.
Apenas eu e Rogério efetuamos esta parada, pois era necessário acessar uma via
local, e Humberto e Lauro perderam a entrada. Logo após pararmos, recebemos
telefonema de Lauro, informando que ele havia parado mais adiante, em frente a
antiga fábrica da Bombril. Rogério e eu partimos e deslocamos o encerramento de
nossa viagem para lá. Despedimo-nos e tiramos nossas fotos, apenas restando nós
três e o garupeiro Alef.
Percorremos ao todo
206 km, no percurso de ida e volta, os quais serão de vidamente computados nas
cotas de quilometragem de Antônio, Lauro, Rogério, Humberto e eu, obviamente.
Em tempo: somente à noite consegui
contactar Antônio por celular e confirmei que nossa suposição estava correta:
ele havia decidido seguir direto para Recife/PE, por motivos particulares.
Confesso que ao longo do trecho, era por vezes assombrado por uma dúvida: e se
ele houvesse ficado para trás, com um problema mecânico na moto, um pneu
furado, ou pior, um acidente?
Infelizmente, no mês de julho não
participarei da viagem de nosso grupo, pois estarei de férias, inicialmente na
terra da garoa e depois na terra de “los hermanos”. Comprometo-me entretanto em
atualizar o blog, com o relato que me seja enviado por um dos participantes,
bem como trazer qualquer fato que julgue interessante, relativo ao mundo
motociclístico.