domingo, 28 de fevereiro de 2021

RUTA NORTESUDAMERICA-Parte VII-Turismo Em Cuenca/Equador e Redondezas

 


Resolvemos inicialmente, ficar 01 dia na encantadora cidade de Santa Ana de los Rios de Cuenca, no Equador. Cuenca é a terceira maior cidade equatoriana, com cerca de 600 mil habitantes. Seu centro histórico é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco, desde 1999. Seria um dia para turismo básico pela cidade.

17º DIA - 17/05/2020

No dia seguinte à nossa chegada, fomos de táxi à Plaza Calderon. Soubemos que havia um city tour, feito em ônibus, que partia de lá. Eram ônibus de 02 andares, sendo o superior descoberto, da empresa Turisbus. O passeio incluía a possibilidade de descida e reembarque posterior, nos pontos turísticos do roteiro, como ocorre rotineiramente em vários city tours, em muitas cidades.



Durante o passeio, havia narração em duas línguas: espanhol e inglês. Mesmo com nosso portunhol, foi possível entender perfeitamente. Optamos por descer na parada do Museo del Sombrero de Paja Toquilla.

Aqui cabe um esclarecimento. O afamado chapéu "Panamá", é fabricado no Equador, mais especificamente na região de Cuenca. Ele é feito com uma palha (a tal palha toquilla), que nasce apenas nesse país. Ele ganhou essa denominação, pois foi muito usado, na construção do Canal do Panamá, sendo adotado inclusive pelos técnicos e engenheiros franceses e americanos, para se protegerem do calor.

Nesse museu, existem chapeús de todos os tamanhos, cores, estilos e preços. Lá é possível você acompanhar a fabricação de seu chapéu, em tempo real.







Eu e Hélio fizemos nossas compras, para os familiares. Eu comprei um chapéu para minha esposa, e uma camiseta para mim. Hélio comprou 02 chapéus. Tomamos um café por lá, e depois, nos dirigimos ao ponto de parada do ônibus turístico, para retomar o passeio.

Seguimos no passeio, descendo apenas no ponto final do city tour, o Mirador de Turi. Este mirante fica no alto de uma montanha, onde há uma igreja, bares,  restaurantes e lojas de artesanato. Além de tudo isso, desfruta-se de uma vista deslumbrante da cidade de Cuenca.



Do Mirador de Turi, o ônibus retornou ao seu ponto de partida, na Plaza Calderon.

Findo o passeio, procuramos os Correios do Equador. Precisávamos despachar as caixas dos chapéus. Levá-las nas motos seria praticamente impossível. Após uma pequena maratona, localizamos os correios, e conseguimos despachar as caixas.

Fomos de taxi ao Shopping del Rio, que ficava próximo à nossa pousada. Almoçamos na praça de alimentação, e durante o almoço, resolvemos ficar mais um dia em Cuenca. Ficamos sabendo do passeio do Trem Nariz do Diabo, que partia de uma cidade (Alausi) não muito distante de Cuenca (uns 170 km). Como além das motos, sou um apaixonado por trens, não podia perder essa oportunidade


18º DIA - 18/05/2020


Acordamos bem cedo. Indicaram-nos um ponto de vans, que faziam as linhas para as cidades próximas. Fomos de táxi até o local, mas informaram que as vans para a cidade de Alausi somente partiriam à tarde. Seguimos em nosso táxi até a rodoviária. Conseguimos passagens num ônibus que seguiria para Alausi.

Não demorou muito para o ônibus partir. Perguntei ao motorista o horário previsto para a chegada a Alausi. Ele confirmou que chegaríamos a tempo para a realização do passeio no Trem Nariz do Diabo. A viagem seguiu sem ocorrências, mas o ônibus parou para o café da manhã em uma cidade antes de Alausi (uns 35 km antes). Novamente chequei com o motorista, e ele confirmou que mesmo com a parada, chegaríamos a tempo para o passeio. Mesmo com a confirmação do motorista, resolvemos fretar um táxi e seguir viagem, sem o café da manhã.

Chegamos à estação ferroviária de Alausi, compramos nossa passagens e nos dirigimos a uma lanchonete próxima, para tomar nosso café da manhã. Após o café, retornamos à estação, ficando no aguardo da saída do trem.





Detalhes do passeio Nariz del Diablo: o passeio percorre o trecho de Alausi até o povoado de Sibambe. Em poucos quilômetros descemos 500 metros, seguindo por um estreito vale, margeando abismos na maior parte do percurso. A estrada foi construída ainda no século XIX, tendo um grande número de mortes entre os trabalhadores. No fim do percurso, dizem que se pode vislumbrar a formação montanhosa, que seria similar a um nariz. Eu, mesmo com muito esforço, não conseguir ver nariz nenhum...No povoado de Sibambe, o trem para por algum tempo, onde podemos assistir a apresentação de danças do folclore indígena local, e também há uma feirinha de artesanato. Pode-se também visitar a estação local, com fotos e dados da história ferroviária do Equador.




Após algum tempo, o trem partiu, fazendo o mesmo percurso, voltando para Alausi. Descemos do trem e fomos à pequena rodoviária local (na verdade um ponto de venda de passagens). Infelizmente os horários não eram bons para nosso retorno a Cuenca. Decidimos fretar uma camionete (custou uns  100 dólares) e chegamos a Cuenca ainda cedo, com toda a comodidade, tendo desembarcado no Shopping del Rio, para nosso almoço (que já era quase um jantar também). Foi um dinheiro muito bem gasto. Após comermos, retornamos caminhando à nossa pousada. No dia seguinte retomaríamos nossa viagem, indo até Quito, a capital do Equador.