domingo, 8 de novembro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XIX - TURISMO EM FOZ DE IGUAÇU/PR (Dia 27)



DIA 27 - CIUDAD DEL ESTE/Paraguai e FOZ DE IGUAÇU/PR (29/04/2015)

Dia de turismo, nada de motos. Conforme programado, em Foz do Iguaçu/PR teríamos nosso último dia livre, para passeios turísticos. Depois seriam dias de estrada apenas, com paradas apenas para dormir, até Recife/PE.

Já que só tínhamos um dia, resolvemos nos concentrar no mais comum: ida à zona franca de Ciudad del Este/Paraguai pela manhã e visita às Cataratas do Iguaçu à tarde. Hélio acertou um pacote com o mesmo taxista que os levou ao passeio em Itaipu. Depois do café da manhã, ele chegou no hotel, e fomos todos num carro só. Eu que sou o maior e o mais robusto (para não dizer gordo) de todos, tive o privilégio de ir no banco da frente. Todos os outros cinco de alguma forma se acomodaram na parte traseira (banco/mala) do táxi.

No breve percurso até o Paraguai, o taxista foi nos dando algumas dicas. Aconselhou-nos a comprar apenas nas grandes lojas, e citou o nome de algumas. Só lembro o nome de uma: Madrid Center. Ele nos deixou em plena "muvuca" de Ciudad del Este/Paraguai. A cidade é um grande mercado, tanto nas lojas como a céu aberto. Logicamente, com uma grande concentração de pessoas, a atenção com furtos tem de ser em dobro. Não tivemos nenhum problema com relação a isto. Apenas fomos muito abordados por ofertas de vendedores ambulantes e de lojas menores, mas isso é de praxe por lá. Ficamos a maior parte do tempo todos juntos, com exceção de Eurípedes. Como ele é um aficcionado da pescaria, foi em busca de lojas especializadas nesta área. Meu interesse e dos demais era por eletrônicos. No final da manhã, todos nos encontramos na avenida principal, próximo à ponte, alegres com suas compras, e aguardando nosso táxi para retorno ao hotel.


Regresso ao hotel, após as compras
Ligamos para nosso táxi e retornamos ao hotel. Iríamos guardar as compras, almoçar e seguir para as cataratas. Quando chegamos ao hotel tive uma surpresa: meu cunhado Fábio Henrique estava lá, nos aguardando. Ele se mandou de Sampa até Foz numa Yamaha Fazer 250. Cumpriu sua promessa, que eu não levei a sério, de que iria encontrar nosso grupo em Foz do Iguaçu/PR. Ele acompanhou o planejamento da viagem e conhecia  nosso roteiro. Dei um jeito de alocá-lo no mesmo quarto em que eu estava, que passou de duplo para triplo, e fomos de táxi para o almoço e às cataratas. Embora houvesse um integrante a mais no grupo, com a chegada do Fábio, todos podemos ir no mesmo táxi, pois Eurípedes não quis fazer o passeio às cataratas, que ele já conhecia, e já havia almoçado num restaurante seu velho conhecido, lá mesmo em Ciudad del Este/Paraguai.

Se na noite de nossa chegada, este mesmo taxista havia nos levado a uma boa churrascaria, mas de preço decente, desta vez ele nos levou para uma churrascaria de luxo, daquelas de arrancar o couro de pobres turistas motociclistas. Logo na chegada, já desconfiei que a conta seria uma facada, mas como ninguém falou nada, não passei recibo de liso. A comida estava boa, o ambiente era agradável, mas como eu temia, a conta veio salgada. Mais de R$ 100,00 per capita. Essa foi a única vez em toda a viagem que me senti um mané, pagando mais que o devido. Mas isso faz parte da vida de quem é turista, e ter entrado em apenas uma roubada em toda essa viagem até que foi lucro.


Almoço na Churrascaria (antes da conta chegar)
Deixando o custo da almoço para lá, seguimos de táxi até o Parque Nacional do Iguaçu. Tudo muito limpo, bonito e organizado. Compramos nossos bilhetes de acesso e entramos nos ônibus. Infelizmente, por razões orçamentárias (pelo menos no meu caso), ninguém se aventurou a fazer o passeio de barco, até bem próximo às cachoeiras. Resolvemos ficar com a atração básica, que é a visão das cataratas através das passarelas. A natureza mais uma vez nos brindou com sua exuberância e beleza nesta viagem. Mais uma vez refletimos como somos pequenos diante dela. Realmente, nosso Brasil também é riquíssimo em belezas naturais, e o passeio às cataratas é imperdível. Minhas palavras não estão à altura deste espetáculo. Admirem algumas fotos tiradas por nós.





















Terminamos nosso passeio no final da tarde. Seguimos juntos no ônibus até o portão de entrada/saída, menos meu cunhado Fábio, que apartou-se de nós. Ainda esperamos um bom tempo no ponto de embarque dos ônibus, mas acabamos seguindo sem ele. Encontramos com ele na saída, pois ele havia vindo sozinho em outro ônibus. 

Grupo reunido, chamamos nosso táxi para levar-nos ao hotel. Ao chegarmos lá, tivemos uma surpresa com relação ao pagamento dos serviços do taxista. O valor cobrado ficou maior que o informado por Hélio, que havia negociado o pacote. Como não havia participado das negociações, paguei a parte que me cabia, e ou outros acabaram fazendo o mesmo.

O resto dia (noite) seria apenas para dormir (nem lembro se saímos para jantar ou ficamos pelo hotel mesmo), aproveitando para descansar bem. A partir do dia seguinte iríamos parar apenas para dormir, no trajeto de retorno até o Recife/PE.

Mais uma vez, como não saímos com nossas motos, não temos quilometragem a computar neste dia.

Segue abaixo o link do vídeo do nosso passeio às cataratas.


EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XVIII - VOLTANDO AO BRASIL (Dia 26)


 


DIA 26 - ASSUNÇÃO/Paraguai a FOZ DE IGUAÇU/PR (28/04/2015)


Acordamos cedo, como de praxe. O percurso do dia não seria longo, mas saindo cedo, chegaríamos cedo, ainda com tempo para fazer algum passeio em Foz de Iguaçu/PR. Tomamos um bom café da manhã, pagamos nossa conta e saímos da POSADA SHALOM às 07:45 h.

Partida da POSADA SHALOM
Encontrar a saída da cidade de Assunção/Paraguai, para pegarmos a estrada em direção a Ciudad del Este/Paraguai, foi mais complicado do que eu havia imaginado. Existem muitas cidades satélites ao redor de Assunção/Paraguai, de forma que rodamos muito tempo em zona urbana, até finalmente chegarmos à Ruta 2, saída para o leste do país. Seguimos por esta estrada e paramos num posto de combustível, após percorrermos 129 km, às 10:20 h. Demoramos pouco tempo, apenas o necessário ao reabastecimento. Saímos em horário não registrado por mim. 

Continuamos pela Ruta 2 por mais alguns quilômetros e após isso ela muda a denominação para Ruta 7, a qual segue até Ciudad del Este/Paraguai. Seguimos direto até esta cidade, parando apenas na fronteira, para fazer a saída do Paraguai e a entrada no Brasil. Adotamos o mesmo procedimento quando da entrada no Paraguai, pois na fronteira com o Brasil, a "muvuca" era ainda maior. Concluída a burocracia, seguimos pela Ponte da Amizade, chegando em Foz de Iguaçu/PR. Uma parte da turma havia passado antes e nos dividimos em 02 grupos. Como existem muitos moto-taxistas por lá, contratei um para nos levar até o hotel reservado por nós, o FOZ BRAZILIAN HOTEL. Logo no início do percurso, encontramos o resto da turma, e todos foram seguindo o moto-taxista. Da fronteira até o hotel era muito perto, mas mesmo assim paguei com satisfação, em guaranis, o moto-taxista. Bem melhor que ficar rodando feito barata tonta atrás do hotel. Chegamos ao hotel às 15:00 h, percorrendo 215 km desde nossa partida do posto de combustível, ainda no Paraguai.

Chegamos ainda muito cedo. Após nos acomodarmos no bom (e barato) hotel, o grupo se dividiu. A maioria seguiu de táxi até Itaipu, para um passeio na usina/represa. Eu e Eurípedes declinamos do passeio, e preferimos ir almoçar. Eu e ele fomos a um supermercado próximo do hotel, onde almoçamos tapioca com suco. Já estava com saudade da culinária brasileira. Eu e Eurípedes voltamos ao hotel, e enquanto os demais conheciam Itaipu, fui tirar uma boa soneca. Itaipu ficou para uma próxima visita a Foz de Iguaçu/PR.

Seguem abaixo algumas das fotos que a turma tirou no passeio a Itaipu.









QUILOMETRAGEM DO DIA:      344 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  10.829 KM.


sábado, 7 de novembro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XVII - CHEGANDO AO PARAGUAI (Dia 25)




DIA 25 - PRES. ROQUE SAENZ PENA/Argentina  a ASSUNÇÃO/Paraguai (27/04/2015)

Logo pela manhã, após o café e acertarmos a conta no hotel, arrumamos as tralhas e partimos às 07:48 h. Aproveitei o ensejo e aliviei minha carga, deixando por lá um botijão de 5 litros, que até então eu carregava, como eventual depósito reserva de combustível. Dali por diante ele não seria mais necessário, assim julgava eu. Vejam abaixo a disposição da turma, para mais um dia de estrada.


Início da viagem, 25º dia
Seguimos rodando pela Ruta 16 e após poucos quilômetros (22 km), paramos num posto YPF, um dos poucos a aceitar cartão de crédito em nossa travessia pelo Chaco. Chegamos lá às 08:00 h. Demoramos apenas o tempo necessário ao reabastecimento, e partimos às 08:20 h.

Prosseguimos pela Ruta 16 até a cidade de Resistência/Argentina, onde paramos em outro posto YPF, logo após esta cidade, às 09:33 h, percorrendo 115 km neste trecho. Desta feita fizemos uma parada mais demorada, com direito a lanche e descanso. Neste posto tivemos nosso momento celebridade, quando uma família argentina (mãe e filha) avistou nossas motos estacionadas ao lado da loja de conveniência, e pediu para tirar uma foto com as motos e seus pilotos. Tivemos nossos 02 minutos de fama!


Parada no posto YPF, próximo à Resistência/ARG
Partimos do posto apenas às 10:20 h. Nossa próxima parada prevista era a cidade de Formosa/Argentina. Para isso deixamos a Ruta 16 e entramos na Ruta 11, que segue em direção ao Paraguai. Esta ruta, a exemplo das demais que rodamos pela Argentina, também está em excelentes condições. O problema neste trecho foi uma bifurcação que existe alguns quilômetros após Resistência/Argentina, onde a Ruta 16 segue à direita e à esquerda se inicia a Ruta 90, que segue para o norte da Argentina. Obviamente que os ruteiros acabaram rodando alguns quilômetros indevidamente pela Ruta 90. Alguns trabalhadores argentinos serviram de fonte de consulta, e confirmaram que teríamos de voltar até a bifurcação, e continuar pela Ruta 11. Afora este pequeno contratempo, não houve nenhum incidente. Chegamos em Formosa/Argentina às 12:00 h, percorrendo 150 km desde nossa saída do posto em Resistência/Argentina. Reabastecemos as motos e saímos em horário não registrado por mim. Nosso próximo destino era Assunção/Paraguai.

Continuamos pela Ruta 11 até a fronteira dos 02 países. A saída do lado argentino ocorreu sem percalços. A entrada do lado paraguaio foi um pouco mais complicada. O posto fronteiriço é uma verdadeira "muvuca". Vendedores ambulantes, cambistas, etc. Tivemos de fazer nossos trâmites um por um, enquanto os demais ficavam de olho nas motos e bagagens. Procedemos de acordo com o ditado popular: um olho no peixe, outro no gato. Dessa forma concluímos nossa entrada no Paraguai. Os únicos que tiveram problemas foram o nosso companheiro mineiro, o Eurípedes e o Lauro. No caso de Eurípedes,  a carta-verde dele havia vencido uns dois ou três dias antes. Desta forma ele teve de pagar uma "taxa" adicional, para poder entrar no Paraguai. No caso de Lauro, ele foi vitimado por um dos cambistas da fronteira, e fez um câmbio com uma taxa péssima.

Entramos no Paraguai por uma estrada precária, em obras de recuperação. O trânsito estava lento e confuso. Nossa primeira impressão do Paraguai não era das melhores. O trânsito permaneceu lento e intenso até a ponte sobre o rio Paraguai. Do outro lado já avistávamos a cidade de Assunção/Paraguai. Assim que adentramos na área metropolitana da capital paraguaia, procuramos uma oficina de moto. Ainda estava claro, e queríamos resolver definitivamente os consertos provisórios na estrutura de sustentação das malas laterais de minha moto e de Lauro. Paramos num oficina muito simples, mas fomos atendidos atenciosamente pelos dois mecânicos que ali estavam. Eles arrumaram os parafusos adequados, fizeram a instalação e ainda não quiseram cobrar nada. Eu e lauro insistimos e pagamos pelo serviço. Eu paguei em reais e não lembro em que moeda Lauro pagou.

Nossa impressão inicial negativa já estava sendo revertida. Além do atendimento nota dez daquela humilde oficina, durante a execução dos serviços fomos abordados por um paraguaio. Ele também era motociclista, viu as motos e parou para ver se precisávamos de ajuda. Ele detalhou o roteiro passo-a-passo até nosso local de hospedagem, a POSADA SHALOM. Terminamos nosso serviço e seguimos em direção à POSADA SHALOM, de acordo com as instruções de nosso amigo paraguaio. Em pleno trânsito fomos abordados por um senhor que estava de carro. Ele nos perguntou para onde estávamos indo. Informamos o endereço da POSADA SHALOM e ele disse que nos levaria até bem próximo à pousada. Percorremos ruas e avenidas seguindo nosso veloz guia, até que ele parou e nos indicou a localização de nossa pousada. Rapidamente chegamos à POSADA SHALOM. O horário da chega foi às 16:15 h, percorrendo 193 km neste trecho final.

A POSADA SHALOM está localizada em área nobre da capital paraguaia. É uma propriedade aconchegante, administrada por um simpático casal. Eles inclusive conhecem as belezas do nosso litoral pernambucano.


Chegando à POSADA SHALOM I

Chegando à POSADA SHALOM II

























Após nos acomodarmos, pedimos indicação de um local para jantarmos. Nossos anfitriões nos indicaram o Paseo Carmelitas, que ficava a alguns quarteirões de distância. Uma caminhada sem problemas, para quem passara o dia sentado numa moto. Este local é um grande shopping, especializado em bares e restaurantes, e é um ponto de referência para os habitantes locais e os turistas. Seguimos até lá e tivemos um ótimo jantar. Na volta, mais uma breve caminhada para a digestão e logo depois, uma tranquila noite de sono. No dia seguinte seguiríamos para o nosso Brasil, mais especificamente Foz do Iguaçu/PR.


QUILOMETRAGEM DO DIA:      480 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  10.485 KM.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XVI - ATRAVESSANDO O CHACO (Dia 24)



DIA 24  - SALTA/Argentina a PRES. ROQUE SAENZ PENA/Argentina (26/04/2015)

Dia de estrada novamente. Tínhamos programados 02 dias pela frente, para cruzar a região argentina do Chaco. As informações que coletei durante minha pesquisa não nos deixava nada animados. Os relatos falavam em falta de combustível nos postos, muito calor, uma região sem atrativos turísticos e muitos insetos. Afora isso, a possibilidade de "propinas" às autoridades policiais, pelo caminho. Mas como dizem, não devemos morrer de véspera...

Saímos cedo do HOTEL MISOROJ, logo após o café da manhã e o acerto da conta. Fomos inicialmente em busca de um posto, para reabastecermos as motos. Abastecemos as motos e saimos deste posto às 07:02 h, marco inicial do nosso dia. Saímos ainda com relativa escuridão, pois o céu começava a clarear. Seguimos as indicações do GPS de Helenildo e logo comecei a desconfiar que o melhor roteiro não era o que seguíamos. Após rodarmos alguém tempo, por ruas e estradas muito estranhas, chegando a uma estrada de terra, voltei para indagar a alguém sobre o caminho para Ruta 09, em direção a Rosário de la Fronteira/Argentina. Confirmei que o melhor caminho não era aquele. Confesso aqui, que tive uma parcela de culpa neste erro. Indiquei a Helenildo que traçasse o roteiro até a cidade de Rosário de La Fronteira/Argentina. Na verdade esta cidade era apenas uma referência, pois como podemos ver no mapa logo acima, pegaríamos a Ruta 16 antes desta cidade. O GPS de Helenildo provavelmente estava indicando uma trilha em linha reta, até esta cidade, que deveria ser o caminho mais curto.

Após voltarmos boa parte do caminho errado, encontramos a saída da cidade. Uma chuva começou a cair e paramos para vestir as capas de chuva. Eu, Lauro e Helenildo seguimos viagem juntos. Hélio e Rodolfo seguiram em frente, distanciando-se de nós. Seguimos viagem sem problemas pela Ruta 09. Ao chegarmos no acesso para a Ruta 16, Hélio e Rodolfo estavam à nossa espera. Ainda bem, pois temia que eles seguissem direto pela Ruta 09, perdendo a entrada para a região do Chaco.

Seguimos alguns quilômetros pela Ruta 16 e paramos num posto de combustíveis, alguns quilômetros antes de Joaquin Victor Gonzalez/Argentina, nossa primeira parada programada para este dia. O medo da pane seca nos fez parar antes do previsto. Chegamos neste posto às 09:33 h, percorrendo 169 km neste trecho inicial. Aproveitamos a parada e pedimos informações ao frentista sobre as possibilidades de abastecimento pelo caminho. Ele nos informou que não teríamos problemas com isso. Neste parada percebemos que as estruturas de sustentação das malas laterais, de minha moto e de Lauro estavam com falta de parafusos. Nosso mecânico da equipe (Helenildo), conseguiu contornar o problema, adaptando um parafuso na moto de Lauro e improvisando uma amarração com arame na minha moto. Saímos do posto às 10:24 h, retomando nossa viagem.

Continuamos nossa viagem pela Ruta 16. Com poucos quilômetros, (aprox.uns 70 Km) alcançamos a cidade de Joaquin Victor Gonzalez/Argentina. Eu, Helenildo e Lauro resolvemos parar na cidade, para reabastecer mais uma vez nossas motos, tomar um café e procurar parafusos, para o conserto definitivo da minha moto e a de Lauro. Os outros prosseguiram direto. Não conseguimos, pois afinal era domingo. Perdemos algum tempo nessa parada, mas retomamos nossa viagem.

Prosseguimos pela Ruta 16, alcançando nossos companheiros antes do ponto de parada previsto, Monte Quemado/Argentina. Chegamos nesta cidade ás 13:31 h, percorrendo 252 km neste segundo trecho. Nesta parada encontramos dois "hermanos" motociclistas, que também seguiam pela Ruta 16, retornando para a cidade deles, Corrientes/Argentina. Saímos às 14:14 h.


Hermano rumo a Corrientes/ARG I

Hermano rumo a Corrientes/ARG II
A próxima parada programada era em Pampa Del Infierno/Argentina. Como de lá até Presidência Roque Saenz Pena/Argentina a distância era pequena, resolvemos seguir direto até o ponto final do dia, parando no caminho quando necessário. Continuamos pela Ruta 16, com suas longas e intermináveis retas. Paramos num posto a cerca de 120 km após Monte Quemado/Argentina, para reabastecimento e espantar a sonolência que atingia a todos, em menor ou maior grau. Nesta parada conhecemos um motociclista brasileiro, em retorno de sua viagem solo pela América do Sul. Aproveitamos a parada para um "dedinho de prosa" e convidamos ele a nos acompanhar a partir daí. Seu nome era Eurípedes, mineiro da cidade de Arcos. Pelos próximos dias seríamos 06 ruteiros. Retomamos viagem, parando mais uma vez, cerca de 35 km antes de Presidência Roque Saenz Pena/Argentina e depois na própria Presidência Roque Saenz Pena/Argentina. Paramos num posto de combustíveis e pedimos dica de um local para nos hospedarmos. Para este dia não havíamos reservado nada antecipadamente. O frentista nos indicou um hotel que ficava uns 40 km após a cidade. Reabastecemos as motos, alguns fizeram um câmbio emergencial (afinal teríamos apenas mais 01 dia em terras argentinas), e partimos para o trecho final de nossa viagem, neste dia.


A "disposição" dos ruteiros, na travessia do Chaco

Fascínio das crianças com as motos, uma constante na travessia do Chaco




























Chegamos ao HOTEL LE PARK, numa localidade denominada Machagai, às 18:34 h. Foram 318 km desde nossa partida de Monte Quemado/Argentina. O hotel era muito confortável, e contava com um restaurante próprio. Nos instalamos em nossos quartos e jantamos por lá mesmo. No dia seguinte teríamos o restante do Chaco a atravessar, e a chegada ao Paraguai.


Chegada ao Hotel Le Park I

Chegada ao Hotel Le Park II

QUILOMETRAGEM DO DIA:      739 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  10.005 KM.