sábado, 7 de novembro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XVII - CHEGANDO AO PARAGUAI (Dia 25)




DIA 25 - PRES. ROQUE SAENZ PENA/Argentina  a ASSUNÇÃO/Paraguai (27/04/2015)

Logo pela manhã, após o café e acertarmos a conta no hotel, arrumamos as tralhas e partimos às 07:48 h. Aproveitei o ensejo e aliviei minha carga, deixando por lá um botijão de 5 litros, que até então eu carregava, como eventual depósito reserva de combustível. Dali por diante ele não seria mais necessário, assim julgava eu. Vejam abaixo a disposição da turma, para mais um dia de estrada.


Início da viagem, 25º dia
Seguimos rodando pela Ruta 16 e após poucos quilômetros (22 km), paramos num posto YPF, um dos poucos a aceitar cartão de crédito em nossa travessia pelo Chaco. Chegamos lá às 08:00 h. Demoramos apenas o tempo necessário ao reabastecimento, e partimos às 08:20 h.

Prosseguimos pela Ruta 16 até a cidade de Resistência/Argentina, onde paramos em outro posto YPF, logo após esta cidade, às 09:33 h, percorrendo 115 km neste trecho. Desta feita fizemos uma parada mais demorada, com direito a lanche e descanso. Neste posto tivemos nosso momento celebridade, quando uma família argentina (mãe e filha) avistou nossas motos estacionadas ao lado da loja de conveniência, e pediu para tirar uma foto com as motos e seus pilotos. Tivemos nossos 02 minutos de fama!


Parada no posto YPF, próximo à Resistência/ARG
Partimos do posto apenas às 10:20 h. Nossa próxima parada prevista era a cidade de Formosa/Argentina. Para isso deixamos a Ruta 16 e entramos na Ruta 11, que segue em direção ao Paraguai. Esta ruta, a exemplo das demais que rodamos pela Argentina, também está em excelentes condições. O problema neste trecho foi uma bifurcação que existe alguns quilômetros após Resistência/Argentina, onde a Ruta 16 segue à direita e à esquerda se inicia a Ruta 90, que segue para o norte da Argentina. Obviamente que os ruteiros acabaram rodando alguns quilômetros indevidamente pela Ruta 90. Alguns trabalhadores argentinos serviram de fonte de consulta, e confirmaram que teríamos de voltar até a bifurcação, e continuar pela Ruta 11. Afora este pequeno contratempo, não houve nenhum incidente. Chegamos em Formosa/Argentina às 12:00 h, percorrendo 150 km desde nossa saída do posto em Resistência/Argentina. Reabastecemos as motos e saímos em horário não registrado por mim. Nosso próximo destino era Assunção/Paraguai.

Continuamos pela Ruta 11 até a fronteira dos 02 países. A saída do lado argentino ocorreu sem percalços. A entrada do lado paraguaio foi um pouco mais complicada. O posto fronteiriço é uma verdadeira "muvuca". Vendedores ambulantes, cambistas, etc. Tivemos de fazer nossos trâmites um por um, enquanto os demais ficavam de olho nas motos e bagagens. Procedemos de acordo com o ditado popular: um olho no peixe, outro no gato. Dessa forma concluímos nossa entrada no Paraguai. Os únicos que tiveram problemas foram o nosso companheiro mineiro, o Eurípedes e o Lauro. No caso de Eurípedes,  a carta-verde dele havia vencido uns dois ou três dias antes. Desta forma ele teve de pagar uma "taxa" adicional, para poder entrar no Paraguai. No caso de Lauro, ele foi vitimado por um dos cambistas da fronteira, e fez um câmbio com uma taxa péssima.

Entramos no Paraguai por uma estrada precária, em obras de recuperação. O trânsito estava lento e confuso. Nossa primeira impressão do Paraguai não era das melhores. O trânsito permaneceu lento e intenso até a ponte sobre o rio Paraguai. Do outro lado já avistávamos a cidade de Assunção/Paraguai. Assim que adentramos na área metropolitana da capital paraguaia, procuramos uma oficina de moto. Ainda estava claro, e queríamos resolver definitivamente os consertos provisórios na estrutura de sustentação das malas laterais de minha moto e de Lauro. Paramos num oficina muito simples, mas fomos atendidos atenciosamente pelos dois mecânicos que ali estavam. Eles arrumaram os parafusos adequados, fizeram a instalação e ainda não quiseram cobrar nada. Eu e lauro insistimos e pagamos pelo serviço. Eu paguei em reais e não lembro em que moeda Lauro pagou.

Nossa impressão inicial negativa já estava sendo revertida. Além do atendimento nota dez daquela humilde oficina, durante a execução dos serviços fomos abordados por um paraguaio. Ele também era motociclista, viu as motos e parou para ver se precisávamos de ajuda. Ele detalhou o roteiro passo-a-passo até nosso local de hospedagem, a POSADA SHALOM. Terminamos nosso serviço e seguimos em direção à POSADA SHALOM, de acordo com as instruções de nosso amigo paraguaio. Em pleno trânsito fomos abordados por um senhor que estava de carro. Ele nos perguntou para onde estávamos indo. Informamos o endereço da POSADA SHALOM e ele disse que nos levaria até bem próximo à pousada. Percorremos ruas e avenidas seguindo nosso veloz guia, até que ele parou e nos indicou a localização de nossa pousada. Rapidamente chegamos à POSADA SHALOM. O horário da chega foi às 16:15 h, percorrendo 193 km neste trecho final.

A POSADA SHALOM está localizada em área nobre da capital paraguaia. É uma propriedade aconchegante, administrada por um simpático casal. Eles inclusive conhecem as belezas do nosso litoral pernambucano.


Chegando à POSADA SHALOM I

Chegando à POSADA SHALOM II

























Após nos acomodarmos, pedimos indicação de um local para jantarmos. Nossos anfitriões nos indicaram o Paseo Carmelitas, que ficava a alguns quarteirões de distância. Uma caminhada sem problemas, para quem passara o dia sentado numa moto. Este local é um grande shopping, especializado em bares e restaurantes, e é um ponto de referência para os habitantes locais e os turistas. Seguimos até lá e tivemos um ótimo jantar. Na volta, mais uma breve caminhada para a digestão e logo depois, uma tranquila noite de sono. No dia seguinte seguiríamos para o nosso Brasil, mais especificamente Foz do Iguaçu/PR.


QUILOMETRAGEM DO DIA:      480 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  10.485 KM.

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