domingo, 6 de outubro de 2019

RUTA NORTESUDAMERICA-Parte IV - De Lima/Peru a Huaraz/Peru






ETAPA IV – De Lima/Peru a Huaraz/Peru (11/05 a 12/05/2018)

11º DIA – 11/05/2018

Após o café da manhã, em nosso confortável hotel, fechamos nossa conta e partimos para nosso roteiro do dia. O objetivo era chegar à cidade de Huaraz/Peru, conhecida como a "Suiça Peruana". Saímos do hotel pouco antes das 08:00 h.

Como havíamos sofrido bastante com o trânsito intenso de Lima/Peru, quando de nossa chegada, resolvemos traçar uma rota que nos levasse o mais rápido possível à rodovia panamericana. Isso seria uma forma de nos livrarmos o mais rápido possível do trânsito limenho. Como estávamos iludidos...


Conseguimos chegar à rodovia, com um pequeno engano, mas que logramos corrigir. Porém o trânsito na rodovia era  pior que o de Lima/Peru! Muitos ônibus, caminhões e carros. Além de nos perdemos algumas vezes, pegando vez por outra, indevidamente, um dos acessos para Lima/Peru, o trânsito na rodovia seguiu com grandes engarrafamentos, por cerca de uns 90 kms... Só depois disto nos sentimos realmente viajando em uma rodovia.

Acabamos nos livrando dos engarrafamentos, mas pegamos um nevoeiro daqueles de cortar de faca. Foi num trecho elevado, à beira do Pacífico. Não se enxergava um palmo à frente do nariz. Bateu o medo de guiar naquelas condições, correndo o risco de batermos na traseira de um caminhão ou carro. Felizmente, um anjo apareceu guiando um automóvel, e seguiu à nossa frente, em velocidade moderada, com o pisca alerta ligado. Seguimos nosso salvador até descermos ao nível do mar, onde o nevoeiro estava menos espesso.

Paramos num posto de combustíveis, na primeira cidade após o nevoeiro citado aí em cima. Era a cidade de Chancay/Peru. Como no posto não havia uma loja de conveniência, apenas abastecemos as motos e seguimos para um outro posto, na mesma cidade, com uma melhor estrutura para os viajantes. Chegamos às 10:40 h e percorremos 129 km neste trecho inicial.


Café em Chancay, após o nevoeiro

Após uma pausa para um café, e algumas dicas com um vigia do posto, partimos às 11:22 h, para o trecho intermediário previsto para o dia. Seguimos ainda pela rodovia 1N, Panamericana Norte, beirando como sempre o Pacífico até a cidade de Paramonga/Peru, onde pegamos uma outra rodovia, em direção a Huaraz/Peru. Agora deixaríamos o nível do mar e iríamos novamente às alturas dos Andes. Seguimos por essa estrada (Ruta 16) até o distrito de Tunán, pertencente à cidade de Paramonga/Peru, onde paramos para reabastecimento das motos. Paramos num posto de combustíveis às 13:08 h, percorrendo 142 km neste trecho. Fomos atendidos pelo simpático frentista Eduardo, que nos repassou, gentilmente, muitas informações sobre o percurso até Huaraz/Peru.


Hélio e o frentista Eduardo

Partimos de lá às 13:20 h, com intenção de seguirmos sem paradas até Huaraz/Peru. Fizemos duas paradas rápidas, uma para admirar a paisagem e outra para colocarmos roupas de frio, na localidade Conococha/Peru, a 4.100 metros de altitude.


Protegendo-se do frio!!!

Chegamos em Huaraz/Peru no final da tarde, e rodamos em busca de um bom hotel. Após visitarmos algumas opções mais populares, resolvemos escolher uma acomodação mais confortável. Afinal de contas, as dores lombares de Hélio ainda estavam incomodando-o muito. Solicitamos ao locais a indicação dos melhores hotéis da cidade. Indicaram-nos o Arawi Pastoruri Hotel. Chegamos nele por volta das 17:30 h, tendo percorrido 189 km neste trecho final.


Após nos alojarmos, descemos para ver as dicas de agências/passeios para fazermos no dia seguinte. Huaraz oferece muitos passeios pelos arredores. Merecia alguns dias para aprecia-los. Como só tínhamos um dia por lá, tivemos a difícil missão de escolher apenas uma das opções...

Tudo acertado para o dia seguinte, aceitamos a indicação da recepcionista do hotel e seguimos para a zona turística do centro da cidade, repleta de bares e restaurantes. Escolhemos um bom local para o jantar, como de praxe a principal alimentação nos dias de deslocamentos com a moto.

Matando a fome em Huaraz


Quilometragem do dia = 460 km.
Quilometragem acumulada = 3.171 km.


12º DIA – 12/05/2018

Após uma boa noite de sono, acordamos e fomos tomar nosso café da manhã, que era servido no estilo "americano". O café da manhã não era tão farto como os que estamos acostumados no Brasil.

Como ainda tínhamos algum tempo, antes da chegada da van de nosso tour, saímos para "arruar" pelas redondezas do hotel.











Voltamos ao hotel e em pouco tempo já estávamos na van, para o passeio do dia. Eu e Hélio éramos os únicos brasileiros. Os demais eram peruanos em turismo interno pelo seu país.

Como disse anteriormente, Huaraz/Peru serve de base para uma série de roteiros turísticos. Optamos por um mais abrangente, que contemplasse a maior variedade possível, mesmo que com prejuízo de um maior aprofundamento nos atrativos. Iríamos percorrer o vale entre as Cordilheiras Branca e Negra, conhecido como "Callejón de Huaylas" visitando algumas de suas cidades e uma breve visita ao Parque de Huascarán.

Nossa primeira parada foi na cidade de Carhuaz/Peru. Segundo nosso guia informou, a cidade é famosa pelos seus doces e sorvetes artesanais. Aproveitamos para saborear as delícias locais.


De lá seguimos para uma visita ao Parque de Huascarán. Huascarán é a montanha mais alta do Peru, e o parque é enorme. Nosso roteiro visitou apenas a Laguna Chinancocha. Existem cerca de 300 lagunas em todo o parque.



Após essa visita, paramos num restaurante na descida para o vale, para o almoço.

Após o almoço, continuamos nosso passeio. Seguimos para a cidade de Yungay/Peru. Essa cidade foi palco de uma grande tragédia, em 31/05/1970.

Naquela data, um forte terremoto ocorreu na região, afetando inclusive a própria Huaraz/Peru. A cidade mais atingida foi Yungay/Peru. O terremoto provocou uma grande avalanche, que desceu do cerro Huascarán, soterrando a cidade em poucos minutos. A cidade, que tinha cerca de 20.000 habitantes, foi quase totalmente soterrada, tendo escapado apenas cerca de 300 pessoas...A área soterrada foi transformada em um campo santo, sendo proibida a realização de escavações no local. Tudo que foi soterrado naquele dia (pessoas, animais, construções e veículos) permanece lá, sendo permitido apenas a visitação desse memorial. A cidade de Yungay/Peru foi reconstruída, cerca de 01 km distante da cidade original.




















Saímos de lá ao entardecer, já voltando para Huaraz/Peru. Antes de Huaraz/Peru, paramos num centro de artesanato, para uma visita. Chegamos ao hotel já de noite. Apenas jantamos no hotel mesmo e nos recolhemos cedo. No dia seguinte estaríamos de volta à estrada.