domingo, 18 de outubro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XV - TURISMO EM SALTA/Argentina (Dia 23)


DIA 23  - SALTA/Argentina (25/04/2015)


Tínhamos todo este dia para conhecer Salta/Argentina, também conhecida como Salta, La Linda. Eu já passara alguns dias nesta belíssima cidade, em 2013, com meu filho mais velho.

A cidade e a região em que ela está inserida têm muitos atrativos a serem visitados. Mesmo em minha passagem anterior, em que tive cerca de 05 dias disponíveis, não visitei todos seus atrativos turísticos. Pena que seja um destino ainda pouco visitado pelos brasileiros, que em sua imensa maioria limita-se a Buenos Aires e Bariloche, nas terras argentinas.

Como nós só tínhamos um dia, resolvemos ficar pela área urbana. Na parte da manhã nos dirigimos à Plaza de Armas, onde ficam a Catedral, o Cabildo e o MAAM, Museu de Arqueologia de Alta Montanha. Ao redor da praça existem muitos bares, cafés e restaurantes. Sentamo-nos num destes estabelecimentos, e saboreamos calmamente um café, apreciando a beleza do lugar.


Após isso caminhamos pela praça e aproveitamos para acertar o passeio num micro-ônibus turístico, o Bus Turístico Salta. Como ainda tínhamos algum tempo até a saída do nosso passeio, fomos caminhar pelo comércio local. Além de passear descompromissadamente, tínhamos o objetivo de localizar uma revenda Yamaha, pois Helenildo estava precisando de óleo lubrificante para a corrente e uma presilha para a tela do radiador da moto dele (XT 660R). Achamos uma revenda Yamaha próxima ao centro da cidade. Ele foi muito bem atendido e conseguiu tudo o que necessitava.

Retornamos à Plaza de Armas (Praça 9 de Julho) e almoçamos por ali mesmo. A bem da verdade, cada um escolheu um sanduíche "reforçado" e nos consideramos almoçados. Terminado o almoço, nos dirigimos ao ponto de saída do micro-ônibus, e fomos os primeiros a subir.































O passeio passa por 14 pontos turísticos na cidade, parando em alguns deles. As paradas foram no Mirador Portezuelo, onde se tem uma bela visão da cidade, do alto de uma montanha próxima. A outra parada, essa mais demorada, foi no Mercado Artesanal. Interessante local com várias lojas que vendem o artesanato local.


Finalizamos nosso passeio no mesmo ponto de partida, a Praça 9 de Julho. Embora eu indicasse a todos uma ida ao teleférico, para a subida ao Cerro São Bernardo, eles preferiram encerrar as atividades turísticas do dia por ali. Uma pena, pois o passeio ao cerro é muito bonito e eles perderam. Eu já o fiz mas iria acompanha-los, se fosse o caso. Voltamos andando para nosso hotel.

À noite, já em clima de despedida da cidade, resolvemos não sair, e jantamos lá mesmo no hotel. Iríamos nos recolher cedo, pois no dia seguinte reiniciaríamos nossa viagem, atravessando a região conhecida como Chaco, famosa em relatos pelas longas retas, pelo calor, pela grande quantidade de insetos e pela ameaça de falta de combustível.

Como este dia foi de descanso para nossas companheiras, não tivemos quilometragem a computar.



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XIV - SALTA/Argentina PELO PASO DE JAMA (Dia 22)



DIA 22  - SAN PEDRO DE ATACAMA/Chile A SALTA/Argentina (24/04/2015)

Na manhã seguinte, acordamos cedo mais uma vez, como de praxe em nossa viagem. Não precisávamos sair tão cedo, quanto no dia em que fizemos o trecho Iquique/Chile a San Pedro de Atacama/Chile, passando pela Mão do Deserto. A quilometragem prevista para este dia era muito menor. Além disso, havia pesquisado que as horas iniciais do dia e no final da tarde devem ser evitadas, pois o clima no Paso de Jama é sempre imprevisível.

Tomamos nosso café da manhã, acertamos as contas com as proprietárias da casa e arrumamos nossos apetrechos nas motos. Partimos às 07:40 h. Seguimos em direção à fronteira com a Argentina (Paso de Jama), pela Ruta 27. Mal saímos da cidade e tivemos uma surpresa: a estrada estava fechada! Sim, havia um portão fechando a estrada. Ficamos sabendo que rotineiramente eles fecham a passagem pelo Paso de Jama no horário noturno, em razão das baixas temperaturas. Como estávamos de moto, nós poderíamos ter contornado pelo acostamento, mas como turistas educados (e representantes do nosso Brasil), esperamos a chegada dos policiais, que às 08:00 h liberaram o tráfego na estrada.

Iniciamos uma subida de forma muito gradual. Eu achava que teríamos um paredão pela nossa frente, mas a verdade que subíamos cada vez mais, pouco a pouco. E aumentava o frio também. Esse foi o único trecho da viagem em que tivemos contato direto com a neve. Neve velha, muito pouca, mas neve de toda forma. Obviamente paramos para umas fotos.
Enfim a neve I

Enfim a neve II















Terminado nosso registro fotográfico, retomamos a viagem. Desde nossa saída de San Pedro de Atacama/Chile, viajávamos por uma região totalmente desabitada. Éramos apenas nós e os caminhões na estrada, além do frio, cada vez mais intenso. Interessante notar como o frio nos afeta de maneira diferente. Enquanto para mim, a sensação maior era nas mãos, não obstante estar vestindo duas luvas, para os outros os problemas foram também os pés, ou o corpo todo. Agradeci muito por minha Sertão ter aquecimento nas manoplas, um acessório que nunca havia usado antes, e que aos poucos foi amenizando a sensação do frio nas mãos. Segundo o termômetro da F GS 800 de Rodolfo, chegamos a suportar até 7,50 graus negativos, ao longo deste trajeto. Por fim chegamos ao posto fronteiriço do Paso de Jama, compartilhado pelas duas nações vizinhas. É uma grande estrutura, em plena cordilheira. Infelizmente, devido ao frio, cuidamos logo dos procedimentos de saída do Chile e entrada na Argentina, e não fizemos o registro fotográfico deste lugar. Chegamos às 09:58 h, percorrendo 168 km neste trecho.

Cabe aqui um esclarecimento aos futuros viajantes. A maioria dos relatos que li ou assisti na web, citavam a necessidade de se efetuar os trâmites de saída do Chile, ainda em San Pedro de Atacama/Chile, Em alguns poucos relatos, havia a informação que as aduanas dos dois países estavam centralizadas no Paso de Jama. Durante nossa estadia naquela cidade, procurei me informar e confirmei que a saída seria feita na própria divisa, no Paso de Jama.

O processo funciona de forma bastante organizada e totalmente sincronizado. Fizemos os procedimentos no lado chileno e andando apenas alguns passos, iniciamos os procedimentos de entrada no lado argentino. Terminados os procedimentos, adentramos na terra de "nuestros hermanos". Poucos metros após a fronteira existe um super bem estruturado posto da YPF (a "Petrobrás" argentina), com uma excelente loja de conveniência. Um verdadeiro oásis em plena gélida cordilheira andina! Paramos para tomar um café bem quente e forrar o estômago com algum alimento. Encontramos lá um grupo de brasileiros, que estavam viajando numa camionete, fazendo o sentido contrário ao nosso.



Posto YPF, um oásis em pleno Paso de Jama

Proteção para os pés, improvisada.
Saímos do posto YPF às 11:22 h. Seguimos agora pela Ruta 52, apreciando belas paisagens. Nossa próxima parada programada era em Susques/Argentina. O relevo era em geral plano e a viagem transcorreu tranquila. O frio ficara para trás. Passamos pelo primeiro salar de nossa viagem, o Salar de Olaroz. Paramos em um posto, pouco antes da cidade de Susques/Argentina, às 12:17 h, percorrendo 116 km neste trecho.

O posto que paramos, apesar de ser inédito para nós, já era meu conhecido. Eu o reconheci de uma série de vídeos produzidos pelo Haissem Ejje. O frentista conhecia o Brasil, está habituado com a presença de muitos motociclistas brasileiros, e fez questão de tirar uma foto conosco. Deixamos de lembrança para ele um adesivo da Expedicion Ruta de los Andes e do nosso moto-clube.


Reabastecimento em Susques/Argentina.
Apenas reabastecemos as motos, cumprimentamos nosso novo amigo, e partimos às 12:38 h. Pelos meus levantamentos, faltavam ainda mais de 300 km até Salta/Argentina. Precisaríamos abastecer em San Salvador de Jujuy/Argentina, capital da província de Jujuy, já que em Purmamarca/Argentina, não havia posto de combustível, conforme havíamos nos informado com o motociclista brasileiro, que encontramos no "pueblo" de Machuca, citado no post anterior.

Continuamos ainda pela Ruta 52. Rodamos alguns quilômetros, e nos deparamos com uma magnífica visão, minha velha conhecida: Salinas Grandes. Salinas Grandes é um grande deserto de sal, que a Ruta 52 atravessa. Não chega nem perto do Salar de Uyuni, que fica na Bolívia (o maior do mundo), mas mesmo assim sua paisagem é impressionante, principalmente para quem a visita pela primeira vez. Eu já a havia visitado em 2013, quando fui a Salta/Argentina com meu filho mais velho. A parada no lugar é quase que obrigatória.

A maioria do grupo parou logo no início, em pela salina, junto de alguns motociclistas que já estavam parados por lá. Eu e Lauro seguimos mais um pouco à frente, parando numa construção à beira da estrada. Lá existe apenas esta estrutura, construída com "tijolos" de sal, alguns banheiros químicos e vendedores de artesanato feito com o sal bruto. Apesar desta falta de infra-estrutura turística, é o ponto de parada de vans e ônibus que fazem passeios turísticos, além das motos e carros particulares. Foram muitos minutos de contemplação, fotos, filmagens e pilotagem no sal.

Ponto de parada, Salinas Grandes

Pilotando em Salinas Grandes

Casal australiano e seu "perro"



Após estes momentos, retomamos nossa viagem. Eu já havia passado no trecho a seguir,de van, em 2013, num passeio turístico, e sabia que alguns quilômetros à frente nos esperava a Cuesta Lipán. Uma descida interminável com várias curvas fechadíssimas e um belo visual. Deixaríamos de vez as altas montanhas dos Andes para trás, descendo de uma altitude média de 4.000 metros para cerca de uns 1.100 metros, aproximadamente, a altitude média de Salta/Argentina. Ao chegarmos no início da cuesta, não pudemos evitar mais uma parada, para nosso registro fotográfico.


Iniciando a descida da Cuesta Lipán
Realizamos nossa descida cuidadosamente, passando por Purmamarca/Argentina, ladeada por montanhas multicoloridas, uma delas denominadas "Cerro de Siete Colores". A partir desta cidade, passamos a rodar pela Ruta 09. Seguimos por ela até a altura de San Salvador de Jujuy/Argentina. Pouco após esta cidade, cometemos um erro em nosso percurso, por conta da configuração errada no GPS de Helenildo.

Seguimos a indicação dele e continuamos pela Ruta 09. Eu ainda parei para argumentar que estava estranhando o caminho, mas resolvemos seguir o caminho indicado pelo GPS. Este caminho era denominado adiante por "La Cornija". No início era uma estrada simples, de faixa única, mas alguns quilômetros adiante a estrada virou uma quase ciclofaixa! Sim uma estrada asfaltada, mas muito estreita, cheia de curvas, vegetação fechada e muitas vacas! Não tirei fotos mas inseri abaixo uma foto tirada pelo Moto Grupo Liberdade Vigiada, que em 2010 também caiu neste mesmo erro.



Seguimos ziguezagueando por esta estrada, desviando das fezes bovinas, abundantes por todo o caminho. Vez ou outra cruzávamos com algum automóvel. Além disso havia a preocupação com uma possível pane seca, especialmente no meu caso. Com imensa alegria saímos daquela estrada de brinquedo e voltamos a uma estrada normal, já próximo de Salta/Argentina. AVISO AOS FUTUROS VIAJANTES: esse erro parece ser comum aos que fazem o percurso de Purmamarca/Argentina a Salta/Argentina. De fato o caminho por "La Cornija", é mais curto cerca de uns 30 km. Mas nem sempre o mais curto significa o mais rápido ou o melhor caminho. Embora a região cortada por essa estrada seja muito bela, acho melhor fazer o percurso mais longo, seguindo pela Ruta 66 até a Ruta 34. Na Ruta 34 seguir em direção ao sul, passando pela cidade de Gal. Guemes/Argentina e no cruzamento com a Ruta 09, dobrar em direção a Salta/Argentina.

Chegando em Salta/Argentina, a primeira providência foi pararmos num posto para abastecimento. Rodei aproximadamente 300 km, sem reabastecimento! A segunda providência foi acharmos o hotel que havíamos reservado: o HOTEL MISOROJ. Depois de muito rodarmos, graças ao GPS de Helenildo e às informações de alguns moradores locais, conseguimos localizá-lo.

Chegamos no hotel às 19:45 h, percorrendo 308 km desde de nossa saída do posto em Susques/Argentina. Nos acomodamos, nos arrumamos e saímos para um excelente jantar, regado pelo vinho local (feito da uva torrontes, característica da região). De brinde ainda tivemos a apresentação de um show típico. Fechamento com chave de ouro, para um dia com muitas emoções.


Segue abaixo o link para o vídeo no You Tube deste trecho da viagem e de outro que contempla este trecho e dos demais, até a chegada a Foz de Iguaçu/PR.

QUILOMETRAGEM DO DIA:    592 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  9.266 KM.

domingo, 4 de outubro de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte XIII - TURISMO EM SAN PEDRO DE ATACAMA/Chile (Dias 20 e 21)


DIA 20  - SAN PEDRO DE ATACAMA/Chile - Vale da Lua, Vale da Morte e Pedra do Coiote (22/04/2015)

Depois de uma boa noite de sono, acordamos para um novo dia, desta vez apenas como turistas. Nossas companheiras de viagem teriam 02 dias de um merecido descanso. Nos deparamos com uma presença bela e onipresente na região: o vulcão Likankabur. Lá estava ele, bem defronte à nossa varanda.


Likankabur, bela vista de nossa varanda
Tomamos nosso café da manhã em "nuestra casa", com os mantimentos comprados na noite anterior. Outra coisa que fizemos na noite anterior, além de comprar suprimentos para nossa estadia, foi acertar os passeios a fazer nos 02 dias que iríamos passar na região. Dois dias seriam muito pouco, tendo em vista as muitas opções de passeios disponíveis. Optamos por visitar 02 atrações: Vale da Lua, Vale da Morte e Pedra do Coiote no primeiro dia e Gêiseres del Tatio no dia seguinte.

Após um descanso em nossa casa atacamenha, na parte da manhã, destinada à manutenção das nossas motos e de nosso equipamento, seguimos para o almoço no centro de San Pedro de Atacama/Chile. Eu e Hélio fizemos um lanche. Pegamos um "sanduba" recheado com uma verdura local, que não lembro o nome, mas era super apimentada. Inexperiência gastronômica de viajante, mas a verdade é que só vim a descobrir tal característica na primeira mordida, em que quase fui às lágrimas. Como a fome era grande, fiz uma catação da tal verdura e encarei o restante do sanduíche.

Por fim nos juntamos aos demais conterrâneos, defronte à agência com a qual fechamos nossos passeios, e seguimos junto com outros excursionistas, para uma van que iria nos transportar. 

Embora seja uma das atrações mais próximas à San Pedro de Atacama/Chile, o Vale da Lua é um passeio que vale muito a pena. A paisagem realmente parece de outro planeta. Ele fica na Cordilheira de La Sal, uma das três cordilheiras que circundam a cidade. Esta cordilheira tem esse nome, obviamente, por ser rica em cristais de sal. No primeiro ponto do passeio, nossa guia prudentemente indagou, antecipadamente, se havia alguém com claustrofobia ou com dificuldades para realizar uma pequena escalada. Seguimos então por trilhas, em fendas nas rochas, que logo se transformaram em cavernas, e por fim até uma pequena elevação, que tivemos de escalar. Ao descermos, a van nos aguardava, e seguimos para outro ponto do local.


Fomos até o local denominado "As Três Marias". Na verdade são 03 formações rochosas em uma planície de sal onde, com um pouco de boa vontade, pode-se visualizar três mulheres.

As Três Marias
De lá seguimos caminhando até o Anfiteatro e subimos a Grande Duna de areia, que propicia uma bela visão da região. É uma longa subida, mas pelo menos não estávamos nas ofegantes altitudes de Cusco/Peru ou de Puno/Peru.

Anfiteatro, Vale da Lua
Escalando a Grande Duna
Mirante da Grande Duna
Fomos descendo aos poucos, nos acomodando na van, que estava à nossa espera. Após o retorno de todos, seguimos em direção ao Vale da Morte. Ao chegarmos lá, nossa guia nos deu uma explicação para o nome do local. Existem muitas explicações para tal denominação (seria em decorrência da inexistência de vida no local, uma corruptela da denominação original - Vale de Marte, etc). Segundo ela, a origem mais plausível seria por conta da grande mortandade de gado bovino, já que a região era passagem de rebanhos, em deslocamento para os centros consumidores. 

De lá seguimos para a parte final de nosso passeio, o pôr do sol na Pedra do Coiote. Não existem coiotes na região, claro, nem em toda a América do  Sul, visto que este canídeo é habitante da América do Norte e Central. Tal denominação decorre daquele desenho animado, que muitos de nós (pelo menos os da faixa etária do nosso grupo) assistimos quando éramos crianças, em que um pobre coiote sofria para apanhar um veloz papa-léguas, e nunca tinha sucesso. Realmente esta pedra parece muito com as que o coiote frequentava naquele desenho. O pôr do sol é espetacular, pois de lá temos uma visão da cordilheira dos Andes, cuja coloração vai mudando conforme o passar das horas. Sem dúvida, um belo espetáculo, que tivemos o prazer de apreciar. Este evento é presenciado por muitos turistas, alguns trazendo um bom vinho para acompanhar. 

Conterrâneos na Pedra do Coiote

Pôr do sol na Pedra do Coiote
Pôr do sol na Pedra do Coiote
Findo o dia, finalizado o passeio. Regressamos a San Pedro de Atacama/Chile, já de noite. Não nos demoramos no animado e agitado centro da cidade, pois no dia seguinte, iríamos acordar muito cedo, por conta de nosso passeio.

Segue abaixo o link do vídeo no You Tube, do passeio efetuado neste dia.



DIA 21  - SAN PEDRO DE ATACAMA/Chile - Geiseres del Tatio (23/04/2015)




Madrugamos no dia seguinte. O passeio aos Gêiseres del Tatio, implica numa saída muito cedo de San Pedro de Atacama/Chile. Esta atração fica mais distante e em local muito mais alto, acima dos 4.000 metros de altitude, em relação aos locais que visitamos no dia anterior. Além disso, o efeito visual dos vapores provocados pelos gêiseres é mais intenso nas primeiras horas da manhã. Assim sendo, lá se foram os Conterrâneos do Asfalto, mais uma vez, para as alturas e para o frio...

Nossa van nos pegou em nossa casa atacamenha, conforme combinado. Era ainda noite escura, breu total. Seguimos viagem, após a van apanhar os últimos excursionistas. O trajeto foi feito sem novidades, a maior parte do grupo aproveitando para dormir mais um pouco.

Chegamos aos gêiseres, pouco depois das 07:00 h da manhã. Segundo nosso guia, a temperatura era de -5 graus centígrados! Eu não estava com um termômetro, mas com o frio que estava fazendo, quem era eu para duvidar. Inicialmente nos foi oferecido um café da manhã, já que todos haviam saído de seus locais de hospedagem em jejum. Nosso guia nos informou que, uma prática antiga nos passeios ao local, o cozimento de ovos nos gêiseres, havia sido proibida, por razões de sáude. Apesar da alta temperatura da água, existem bactérias que vivem nos gêiseres, e poderiam causar alguma contaminação. Após o café da manhã, caminhamos pelo local, respeitando as área delimitadas aos visitantes, com nosso guia fornecendo várias informações. Segundo ele, aquele é o 3º local do mundo com maior atividade geotermal, perdendo apenas para Yellowstone (a terra do Zé Colméia) nos EUA e um campo geotermal que fica na Rússia.

Gêiseres del Tatio














Gêiseres del Tatio

Gêiseres del Tatio





Fomos em seguida, às famosas piscinas termais, onde alguns corajosos se dispõe a retirar suas roupas de frio, para entrar nas cálidas águas, com temperatura que chega aos 40 graus centígrados, em algumas partes. Tivemos um representante dos Conterrâneos do Asfalto, nesta etapa da excursão: Rodolfo. Eu e os demais preferimos dar nosso apoio moral, à beira da piscina.

Banho nas piscinas termais














Banho nas piscinas termais














Ficamos algum tempo nas piscinas termais, o suficiente para os corajosos banhistas aproveitarem o banho. Retornamos todos à van, e seguimos para a próxima parada do roteiro: o povoado de Machuca, onde teríamos a oportunidade de provar espetinhos de lhama, pastéis diversos e apreciar o artesanato local.

Antes de chegarmos a Machuca, passamos por um mini-pantanal, em pleno deserto de Atacama. Ele é formado pelo rio que tem o curioso nome de Vado Putana.



Depois desta breve parada, seguimos para o povoado de Machuca. Estávamos muito afim de provar o espetinho de lhama!





O "pueblo" é muito pequeno, mas é um ponto de parada de todas as excursões que voltam dos Gêiseres del Tatio. Muitas vans, micro-ônibus e carros estavam estacionados. Encontramos nesta parada um motociclista brasileiro, que também estava viajando em grupo. Ele e seu grupo iriam até mais ao sul no Chile. Pegamos algumas dicas sobre o trajeto até a Argentina com ele.

Após esta parada, retornamos à van para voltarmos a San Pedro de Atacama/Chile. Antes paramos para apreciar alguns exemplares de cardones, uma cactácea típica  das áreas secas andinas. Eu já havia tomado conhecimento desta planta, quando estive viajando pelo noroeste da Argentina com meu filho mais velho, em 2013. Segundo nosso guia, esta planta cresce apenas 1 cm por ano e é protegida pelas leis ambientais chilenas.

Por fim seguimos para San Pedro de Atacama/Chile, concluindo nosso passeio. Como era nosso último dia em San Pedro, resolvemos ter um almoço à altura desta despedida. Escolhemos um bom restaurante no centro da cidade e degustamos um excelente almoço, em clima de relaxamento. No dia seguinte, teríamos mais um desafio pela frente: enfrentar o Paso de Jama, fronteira entre o Chile e a Argentina, conhecido pelo seu clima imprevisível.

Almoço de despedida de San Pedro de Atacama/Chile
Foram dois dias de turismo, muito bem aproveitados por nós. San Pedro de Atacama/Chile é um local que vale a pena ser visitado, e pelo menos para mim deixou um gostinho de quero mais.

Como foram também dois dias de descanso para nossas motos, não houve quilometragem a registrar.

Segue abaixo o link do vídeo no You Tube, com os passeios efetuados neste dia: