domingo, 10 de abril de 2022

RUTA NORTESUDAMERICA-Parte VIII-De Cuenca/Equador a Quito/Equador. Turismo em Quito.

 


19º DIA - 19/05/2018

Deixamos o Hostal 03 Rios às 08:12 h. Seguimos pela sinuosa rodovia E35 até a cidade de Alausi/Equador, a mesma que visitamos no dia anterior, para o passeio do Trem Nariz do Diabo. Rodamos 173 kms, parando num posto à beira da estrada, para um café e reabastecimento das motos. Chegamos às 10:41 h.



















Partimos somente às 11:36 h, continuando pela mesma rodovia E35, que a partir daí apresentou curvas mais suaves que o trecho anterior. Fizemos uma quilometragem menor nesse segundo trecho, no qual atravessamos uma grande cidade, Riobamba/Equador.  Também nesse trecho, vislumbramos várias churrasqueiras à beira da estrada, com uma iguaria muito apreciada pelos locais: o "cuy". Trata-se de um pequeno roedor, parecido com o nosso preá. Paramos num posto na cidade de Ambato/Equador, às 13:48 h, percorrendo 138 kms.

A parada foi rápida, e partimos às 14:00 h, para o trecho final, rumo a Quito/Equador. Nesse trecho a pista passou a ter 03 ou 04 faixas em cada sentido, uma coisa de cinema. Pegamos uma chuva forte, e acabei me separando de meu companheiro de viagem, o Hélio, que se adiantou em relação a mim. Nos reencontramos próximo a entrada de Quito/Equador. Chegamos próximo ao anoitecer, encharcados e com frio. Rodamos meio desorientados por algumas avenidas movimentadíssimas, até que avistamos um hotel, no qual paramos de imediato. Estimo que chegamos por volta das 16:30 h, percorrendo 137 kms neste trecho final.

O hotel era simples, mas limpo e com garagem para nossas motos. Os donos eram orientais, provavelmente os mesmos que eram donos do restaurante chinês existente no andar térreo. Fizemos nosso check-in, jantamos lá pelo restaurante chinês mesmo. Não saímos neste primeiro dia. 

Infelizmente não fiz registro fotográficos deste dia.

Quilometragem do dia = 448 km
Quilometragem acumulada = 5.033 km

20º DIA - 20/05/2018

O dia seguinte foi dedicado ao turismo em Quito/Equador e suas redondezas. Como só tínhamos 01 dia, optamos por conhecer 02 atrações: o Teleférico de Quito e a Cidade do Meio do Mundo.

Tomamos nosso café da manhã no hotel e seguimos de táxi até o teleférico. Chegamos ainda cedo mas já havia muitos visitantes na estação de embarque.



Confesso que antes de escrever este blog, achava que esse era o teleférico mais alto do mundo. Descobri que não é, mas sem dúvida está entre os mais altos. Quito tem uma altitude média de 2.850 m e o teleférico nos leva a mais de 4.000 metros. Lá em cima, caso o tempo esteja claro, sem nuvens ou nevoeiros, tem-se uma bela vista da cidade. Existe também uma estrutura de cafés e lanchonetes. Para os melhor aclimatados à altitude (e com mais disposição) podem subir ainda mais, em direção ao vulcão Pichincha, o que obviamente não o fizemos...Mas é um passeio que vale muito a a pena.


















Terminada nossa visita ao teleférico, seguimos de táxi, até o ponto de partida dos ônibus da empresa Quito Tours Bus. O ponto de partida/venda de bilhetes ficava num parque chamado Parque La Carolina, numa área nobre da cidade. Compramos o roteiro para a Ciudad Mitad del Mundo (Cidade do Meio do Mundo), com uma breve passagem no vulcão de Pululahua, uma reserva geobotânica.



A primeira parada foi no vulcão Pululahua. Trata-se de um vulcão de formato não tradicional como conhecemos (forma de cone). 
Tem como destaque o fato de ser um dos 02 únicos vulcões do mundo com a cratera habitada (o outro fica no Japão). Como disse antes,  a visita foi rápida, uma breve parada no caminho para a Ciudad Mitad del Mundo (Cidade do Meio do Mundo). Fomos apenas até o mirante na entrada do parque, mas existem outras opções de passeios, como cavalgada e visita ao povoado local, San Isidro. Para minha maior surpresa, verifiquei pelo Google que o vulcão ainda é considerado ativo, apesar de sua última erupção haver ocorrido há mais de 2.000 anos.




















De lá seguimos para a atração principal do passeio, a Ciudad Mitad del Mundo. Alguns pontos sobre essa atração: as origens dessa atração turística remontam ao século XVIII, quando o Equador ainda era parte do império colonial espanhol. Em 1736 uma missão de cientistas franceses foi enviada para realizar estudos para fins de comprovação da esfericidade da Terra (sim, a Terra é redonda!). Depois de muitos anos, chegaram à definição que a linha do Equador passaria exatamente no local da Ciudad Mitad del Mundo. Isso apenas com os parcos instrumentos da época e a com cálculos matemáticos.

Em 1979 foi erigido o monumento no local, indicando a delimitação dos hemisfério Norte e Sul da Terra. A atração foi sendo aprimorada ao longo do tempo e hoje é um dos principais destino turísticos de Quito/Equador. 

É verdade que anos após, com o advento do GPS e imagens de satélite, chegou-se à conclusão que existe um erro de 200 metros na localização exata da linha do Equador. Um erro desprezível, considerando-se a circunferência da Terra.

Neste local não pode-se deixar de tirar a clássica foto com os pés em cada um dos hemisférios, carimbar o passaporte e tentar colocar um ovo em pé (sem piadinhas...). Logicamente fizemos tudo isso e ainda encaramos o desafio de almoçar o famoso "cuy", o preá deles. Foi uma experiência gastronômica interessante, mas não sei se repetiria.






Retornamos do passeio no fim da tarde, com ponto final no mesmo local de partida, o Parque La Carolina. Resolvemos retornar ao hotel e jantar no restaurante chinês do hotel mesmo. Infelizmente, tentaram nos "roubar", na corrida de taxi de volta.

Deixo que claro que isso foi uma exceção, pois todos nossos deslocamentos de taxi em nossa viagem haviam ocorrido sem nenhum problema. Incrível que mesmo existindo tantos aplicativos de mapas (Google Maps, Maps Me, etc), ainda existam motoristas desonestos, que tentam dar voltas desnecessárias com os turistas. Desde os começo estranhei o percurso adotado pelo taxista e ativei o Google Maps. Mostrei-lhe claramente a "volta" que ele estava fazendo, e ele disfarçou que não estava entendendo. Por fim chegamos ao hotel, mas não pagamos o valor registrado no taxímetro. Pagamos um valor calculado por nós, descontando a "volta" que ele nos deu.

Jantamos e nos recolhemos cedo. O dia seguinte seguiríamos rumo à fronteira, para entrarmos na Colômbia, último país de nosso roteiro.