terça-feira, 28 de julho de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte VII - TURISMO EM MACHU PICHU (Dia 14)




DIA 14 - MACHU PICHU/Peru (16/04/2015)

Inicio este post desta vez, não com um tradicional mapa do nosso trajeto, mas com uma clássica foto da mística Machu Pichu. 

Machu Pichu é um desses locais no mundo que todos deveriam visitar.

Como eu (Marcos) e Hélio fomos os últimos a chegar em Cusco/Peru, resolvemos aproveitar nosso único dia livre visitando esta que é uma das 7 maravilhas do mundo moderno, juntamente com os demais componentes do grupo. Nossos amigos cuidaram de toda organização e nós só tivemos o trabalho de usufruir do passeio. Nada mais justo, já que eles tiveram muitos dias livres em Cusco/Peru.

Madrugamos no dia 16/04/2015, pois a agência que contratamos iria nos pegar no hotel, por volta das 05:00 h. Fomos de táxi até o ponto de partida do micro-ônibus e de lá seguimos até a cidade de Ollantaytambo/Peru, de onde partiria o trem até Machu Pichu. A viagem transcorreu tranquila, com a maior parte dos passageiros dormindo, pois ainda era noite escura. Chegamos à estação ferroviária da cidade ao alvorecer. Segundo o Google Maps, a distância entre as duas cidades é de 61 km.

A estação estava fervilhando de pessoas, de várias nacionalidades, uma verdadeira Babel andina. O frio estava intenso e quase todos, inclusive nós, procuraram a lanchonete local, para tomar um café ou um chocolate quente. Viajamos pela empresa Inca Rail. Existe também uma outra empresa (com mais opções de horários e de preços também), a Perurail. O primeiro trem a partir foi o da Perurail e logo em seguida o nosso.





























A viagem é muito agradável, com belas paisagens. O trem segue pelo sinuoso vale do rio Vilcanota até o povoado de Águas Calientes. A viagem demora pouco menos de duas horas. Chegamos na bem estruturada estação ferroviária local e seguimos em direção aos micro-ônibus que sobem até Machu Pichu. Para se chegar até eles, passa-se por um grande mercado de artesanato e "recuerdos", não à toa, obviamente.



A subida até Machu Pichu é uma aventura à parte. Os ônibus sobem por uma estrada de terra, pavimentada com paralelepípedos em alguns trechos, estreita e também muito sinuosa. Se você tiver fobia de altura, não sente-se à janela. A emoção é ainda maior quando cruzam-se os micro-ônibus, em sentidos opostos. Passa-se a poucos centímetros do abismo.

Chegamos ao alto com uma chuva fria e fina. Mal o ônibus parou, corremos nós e mais alguns passageiros, para a construção mais próxima. Já íamos entrar, quando nos avisaram que a entrada do parque era mais adiante. Ali era na realidade o restaurante do luxuosíssimo hotel Belmond Sanctuary Lodge, único instalado junto ao parque arqueológico. Na entrada fomos abordados por vários candidatos a guia, e já íamos fechar negócio com um deles, quando o guia designado pela nossa agência de turismo nos localizou. Ainda bem, pois com isso conseguimos economizar alguns soles. 




O tempo estava muito nublado e a visibilidade muito prejudicada. Nosso guia foi logo nos reconfortando, dizendo que em breve o tempo abriria, e poderíamos vislumbrar as paisagens e tirar muitas fotos. Não digo que é preciso ser um atleta para visitar Machu Pichu, mas é necessário ter alguma disposição. O terreno é muito acidentado e não faltam escadarias para subir ou descer. Recomendo fazer a visita com um guia, pois assim você obtém informações preciosas sobre o lugar, sendo assim mais proveitosa. Ao término da visita guiada, fica-se liberado para andar e conhecer por conta própria, os lugares que estejam abertos à visitação. Outra coisa a ressaltar é a cuidadosa manutenção dispensada ao lugar. O peruanos tratam muito bem esta maravilha moderna localizada em seu território.































































Depois da visita guiada, alguns de nós ainda perambularam pela área do parque, tirando mais fotos. Após cerca de três horas, saímos do parque e fizemos um lanche na lanchonete do luxuoso hotel já citado (com preços para turista americano ou europeu). Pegamos um micro-ônibus rumo a Águas Calientes, onde pretendíamos almoçar, pois lá no alto a única opção era o restaurante do hotel. Almoçamos num restaurante à beira do rio Vilcanota, por volta das 14:00 h. Tínhamos ainda muito tempo pela frente, pois nosso trem estava marcado para às 19:00 h. O jeito foi fazermos hora pelos bares e comércio da cidade.




























Seguimos para a estação por volta das 18:00 h e aos poucos ela foi ficando lotada. Creio que nosso horário era o ultimo do dia. Enquanto aguardávamos nosso trem, conhecemos um turista holandês que havia vivido um tempo em Pernambuco, e conhecia várias cidades do Brasil. Batemos um papo com ele, que falava português muito bem. Finalmente embarcamos em nosso trem, chegando em Ollantaytambo/Peru próximo às 21:00 h. O micro-ônibus que havia nos levado pela manhã já estava nas proximidades e fomos encaminhados até ele. Chegamos em Cusco/Peru por volta das 22:00 h. Desta vez o ônibus deixou a todos na Plaza de Armas, que por sorte ficava a apenas duas quadras de nosso hotel. Helenildo ainda conseguiu cambiar alguns dólares por soles, pois no dia seguinte teríamos novamente estrada, rumo a Puno/Peru e o lago Titicaca.

Segue abaixo o link para o vídeo desse nosso passeio.



terça-feira, 14 de julho de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte VI - PERU:RUMO A CUSCO (Dias 12 e 13)




DIA 12 - RIO BRANCO/AC a PUERTO MALDONADO/Peru (14/04/2015)

Finalmente chegou a hora de Hélio e eu retomarmos a viagem. Enquanto nossos amigos já estavam fazendo turismo em Cusco/Peru, eu e Hélio tínhamos 02 dias de viagem pela frente, para encontrá-los.



Nesse primeiro dia, nossa meta era pernoitarmos em Puerto Maldonado/Peru. Saímos do hotel logo após o café da manhã. Paramos num posto já na saída da cidade para calibrarmos os pneus e pegarmos informações sobre qual direção seguir. Não demoramos muito, e partimos às 08:32 h, efetivamente iniciando nossa viagem. 

Seguimos pela BR 317, estrada também bastante esburacada, por conta das enchentes que o estado sofrera recentemente. A viagem transcorreu sem problemas até nossa 1ª parada programada, em Epitaciolância/AC. Chegamos às 10:53 h, percorrendo 232 km neste trecho inicial. Esta cidade e sua vizinha Brasiléia/AC, são fronteiriças com a Bolívia, e ficaram muito conhecidas nacionalmente por serem a porta de entrada de imigrantes haitianos no Brasil. Tivemos a oportunidade de cruzarmos com um grupo de viajantes a pé, no sentido Epitaciolândia/AC a Rio Branco/AC. Fizemos uma parada rápida, e saímos em horário não registrado por mim.



Continuamos pela BR 317, e em pouco mais de 01 hora chegamos à aduana brasileira, na cidade de Assis Brasil/AC. Paramos num posto bem próximo, para reabastecimento e logo em seguida seguimos para lá. Os policiais da PF foram super atenciosos conosco, fomos atendidos sem demoras. Rodamos pouco kms, já tendo a companhia de muitos tuc-tucs (triciclos montados a partir de motos, com cabine fechada/coberta) no percurso até Inapari/Peru, a primeira cidade naquele país. Foram 121 km desde nossa partida de Epitaciolândia/AC. Também não registrei o horário de nossa chegada (vai ver foi a emoção da primeira vez no exterior, com minha moto).



Chegamos no horário de almoço da Imigração, que por sorte já estava terminando, e tivemos de esperar um pouco. Além de Hélio e eu, só havia mais um casal de bolivianos. Não esperamos muito, e quando abriram a Imigração, fomos atendidos rapidamente. De lá seguimos para a aduana peruana (SUNAT), pois precisávamos dar entrada nos veículos. Paramos as motos em frente e Hélio foi o primeiro a ser atendido. Quando tentei entrar na sede junto com ele, fui barrado, sendo informado que o atendimento era um de cada vez. Depois de algum tempo de espera, fui chamado por outro funcionário, mais jovem do que o que atendera Hélio, e em pouco tempo fui liberado. Dessa vez foi como o ditado popular: "os últimos serão os primeiros". Enquanto esperava por Hélio, fui num estabelecimento comercial que fica colado à SUNAT. Ele pertence a uma brasileira conhecida por Tuka, que já havia nos abordado na Imigração. Lá fiz meu câmbio inicial de reais por soles e provei um refrigerante típico deles, a inka-cola. Não digo que ele é saboroso, nem tampouco ruim, digamos que é apenas diferente. Hélio concluiu seu processo na SUNAT e também veio à loja da Tuka, fazer câmbio e provar a inka-cola. Partimos de lá, às 14:52 h. Lembrete importante: na SUNAT eles te entregam um documento, que deve ser apresentado em qualquer fiscalização e na saída do país. Esse documento passa a ser o comprovante que seu veículo (carro ou moto), entrou legalmente no país.














Seguimos agora pela estrada 30C, também conhecida como Estrada do Pacífico ou Rodovia  Interoceânica. A mudança na qualidade no asfalto é gritante, pois a estrada é um tapete. Abundam, é certo, as lombadas, como já alertara nosso amigo Raphael de Rio Branco/AC, mas nada que prejudique a viagem. Prosseguimos direto até nosso destino final neste dia, Puerto Maldonado/Peru. Não tivemos também nenhum problema neste trecho, que é pouco habitado, e sem cidades significativas no percurso. Tivemos é claro, a companhia de muitos tuc-tucs pela estrada. Chegamos em Puerto Maldonado/Peru por volta das 18:00 h, já ao escurecer. Desta vez foi a quilometragem deste trecho que esqueci de registrar, mas conforme verifiquei no Google Maps, são 229 km. Graças à ajuda de um moto-taxista local, que nós contratamos, chegamos rapidamente ao hotel que o Raphael de Rio Branco/AC havia nos indicado, o HOTEL CENTENÁRIO. Que dica excelente! O hotel era muito confortável e fomos muito bem recebidos. Até as motos eles acolheram dentro do hotel (passando pela recepção), pois a entrada da garagem estava em obras, obstruindo a passagem de veículos.

Resolvemos jantar no hotel mesmo, no restaurante que fica no último andar, com uma bela vista da cidade. Passamos um Whatsapp para o Ronald, o corretor de seguros indicado também por Raphael de Rio Branco/AC, para jantar conosco e fazer a entrega do SOAT. Trata-se de um seguro nos mesmos moldes do nosso DPVAT, exigido de todo veículo que circula pelo Peru. Existe uma certa liberaridade das autoridades peruanas até Puerto Maldonado/Peru, já que não é possível contratar esse seguro na cidade de Inapari/Peru, nem fazê-lo antecipadamente, via web. Ronald trouxe nossos SOATs, fizemos uma excelente refeição, e fomos dormir o sono dos justos, para encarar o trecho do dia seguinte.

Retomo a partir deste post, nosso acompanhamento da quilometragem, suspensa durante meus 02 dias parado em Rio Branco/AC.

QUILOMETRAGEM DO DIA:    582 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  6.018 KM.

Vide abaixo algumas das fotos dos nossos predecessores (Helenildo, Lauro e Rodolfo), que estavam "turistando" por Cusco/Peru, neste mesmo dia, e também o registro em vídeo da travessia da pelo Peru, até Cusco e dos passeio aqui referidos.







































DIA 13 - PUERTO MALDONADO/Peru a CUSCO/Peru (15/04/2014)

Neste dia conseguimos sair bem mais cedo. O café do hotel era servido cedo, e assim pudemos tomá-lo e ainda não atrasar nossa partida. Colocamos as motos para fora do hotel (passando pela recepção), arrumamos nossas tralhas e fomos em busca de um posto para reabastecermos. Reabastecemos nossas motos e partimos às 6:25 h, iniciando efetivamente nossa viagem.



Continuamos pela estrada 30C. A estrada continuava com um asfalto em excelente condição. E um detalhe importante, que esqueci de registrar no post anterior: motos são isentas do pagamento de pedágio! Neste trecho inicial, continuamos com a paisagem típica da amazônia peruana, com vegetação fechada. Aparentemente a floresta deles parece mais preservada que a nossa, pelo menos em relação aos trechos pelos quais passamos no Brasil. De curioso neste trecho, tivemos a passagem por uma grande "muvuca", uma aglomeração de muitas casas de madeira, motos, tuc-tucs e pessoas. Soubemos que aquilo na verdade é um grande garimpo. Outra curiosidade foi a passagem pela Serra de Santa Rosa. Esta serra tem curvas muito fechadas, ainda com vegetação amazônica, e serve de prévia às muitas curvas que teríamos mais frente, nos Andes. Fizemos nossa primeira parada num posto à beira da estrada, nas proximidade da cidade de Mazuco/Peru. Chegamos às 08:29 h, percorrendo 170 km neste trecho inicial. Um comentário sobre a gasolina no Peru. Neste trecho, vimos basicamente 02 tipos: 84 e 90 octanas. Nem sempre os postos ("grifos", na nomenclatura local) têm as duas disponíveis. Sempre que possível, colocamos a de 90 octanas.















Depois de uma breve parada para reabastecimento, retomamos nossa viagem. Teríamos pela frente o trecho mais radical, pois sairíamos das baixas altitudes da região amazônica, para o ponto mais alto de todo nossa viagem, isso em poucos quilômetros. Não registrei nosso horário de partida. Rodando mais alguns km após Mazuco/Peru, chega-se a uma bifurcação na estrada. Seguindo em frente, vai-se diretamente para Juliaca/Peru e/ou Puno/Peru. Atravessando a bela ponte laranja, segue-se para Cusco/Peru, e foi este o caminho que tomamos.



A estrada chega a um ponto de beleza indescritível. As montanhas surgem de ambos os lados, com cachoeiras despencando das alturas. Percebemos que começaremos a subida. A maioria dos relatos que li diz que isso ocorre nas proximidades da cidade de Quince Mil/Peru. A paisagem vai mudando, à medida que subimos. Sai a floresta frondosa e surge uma vegetação rasteira, tipo uma estepe. Outra ocorrência frequente são os "derrumbes" (deslizamentos). Só neste 2º trecho tivemos 03 paradas, para desobstrução da pista. 






Sempre subindo, chegamos ao ápice de nossa viagem: Abra Pirhuayani, a 4.725 m de altitude. Não pudemos perder a chance de fotografar o lugar.
Desci da moto em câmara lenta, como se fosse um astronauta na lua. Não vou mentir, a respiração é difícil. Hélio sequer desceu da moto. O termômetro da moto dele registrava 4º graus centígrados. Voltei à moto com o mesmo cuidado e prosseguimos viagem. Paramos num posto nas proximidade da cidade de Ocongate/Peru, percorrendo 205 km neste trecho. Não registrei o horário de chegada nem o horário de saída deste posto.




Partimos para nosso trecho final, inicialmente descendo, depois subindo mais um pouco novamente, e finalmente descendo em direção a Cusco/Peru, alcançando uma região relativamente plana, o altiplano andino. Neste trecho, fomos brindados com uma chuva constante, embora não muito intensa, até poucos kms antes de Cusco/Peru. A chegada em Cusco/Peru é feita por uma longa avenida, com um dos trânsitos mais caóticos que já vi. Como estávamos com as motos equipadas com baús laterais, tínhamos de nos comportar como carros, entre veículos que não tinham muita consideração com as motos. Seguíamos as placas que indicavam que o centro histórico ficava mais à frente. Depois de muito tempo, conseguimos chegar ao centro histórico, que também estava com um trânsito insano. Perguntamos várias vezes pelo nosso hotel (HOSTAL SAPHI) e depois de muito rodar, conseguimos achá-lo. Chegamos às 17:15 h, percorrendo 122 km neste trecho final. Por sorte o hotel tinha uma pequena garagem em frente, onde já se encontravam as motos de nossos camaradas. Eles tinham saído para um tour pelo Vale Sagrado e deveriam chegar mais tarde. Fomos nos alojar, tomar um bom banho quente (ainda bem, tava um frio danado!) e se arrumar, para um bom jantar, após a chegada dos demais ruteiros.

Descemos e ficamos na recepção aguardando-os. Eles chegaram com pouco tempo e combinamos de nos encontrar num restaurante na mesma rua. Eu e Hélio seguimos para um restaurante típico, e degustamos um saboroso jantar, regado a muitos piscos. Os outros acabaram indo para outro restaurante. Voltamos ao hotel ainda cedo, pois no dia seguinte iríamos madrugar, para irmos a Machu Pichu.

QUILOMETRAGEM DO DIA:    497 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  6.515 KM.


domingo, 5 de julho de 2015

EXPEDICION RUTA DE LOS ANDES 2015 - Parte V - ACRE. UNS VÃO OUTROS FICAM (Dias 09, 10, 11)



DIA 09 - ARIQUEMES/RO a RIO BRANCO/AC (11/04/2015)

Neste trecho tivemos mais um incidente, que acabou por ocasionar nova separação em nosso grupo: ao sairmos do hotel, verificamos que o pneu dianteiro da moto de Helenildo estava baixo. Por sorte não foi na estrada, e havia um borracheiro a uns 50 metros do hotel. Seria só aguardar a abertura da borracharia, providenciar o conserto e prosseguir viagem.



Como havia pressa para chegarmos em Rio Branco/AC, pois Hélio tinha passagem aérea marcada para Recife/PE, na madrugada do dia seguinte, resolvemos que eu e Hélio seguiríamos na frente, e os demais logo após o conserto da moto de Helenildo.

Eu e Hélio partimos às 06:27 h, tendo como primeira parada, Porto Velho/RO. Seguimos pela BR 364. Chegamos em Porto Velho/RO ás 08:23 h, percorrendo 200 km neste trecho. Aproveitamos para tomar nosso café da manhã, já que, para ganharmos tempo, não quisemos esperar o do hotel. Partimos para nossa próxima parada, às 09:00 h.

Continuamos pela BR 364 e fizemos nossa próxima parada na cidade de Abunã/RO, onde poucos quilômetros depois se faz a travessia de balsa do Rio Madeira. Nesta cidade estão expostas ao lado da estrada, velhas locomotivas, que acredito devem ter sido usadas na antiga ferrovia Madeira-Mamoré. Eu não parei para tirar fotos, mas a turma que vinha logo após nós, não deixou passar batido. Chegamos às 11:20 h, percorrendo 225 km neste trecho. Creio que fizemos a parada mais rápida de toda a viagem, pois às 11:34 h já estávamos de partida para o trecho seguinte. Rodamos poucos kms (uns 08 ou 10) e chegamos às margens do rio Madeira. Esperamos pouco tempo e logo já estávamos na balsa que faz a travessia. Trata-se de um rio muito largo, e a balsa leva muitos veículos de uma só vez. Segundo nos informaram há o projeto de construção de uma ponte, que ficaria pronta em uns 02 anos. Conhecendo o ritmo das obras públicas no Brasil, não contaria com essa ponte nos próximos anos...Nesta travessia tive uma prova de que ainda existem pessoas honestas: deixei cair minha carteira, com documentos e dinheiro, nem percebi, e de pronto uma pessoa veio me entregar, intacta! Chegamos à outra margem do rio às 12:27 h. Continuamos pela esburacada BR 364, até nossa próxima parada programada.
































Logo na divisa RO/AC, pegamos uma chuva braba, mas como julgávamos que logo chegaríamos na entrada  para a cidade de Acrelândia/AC, onde pretendíamos parar, não vestimos nossas roupas de chuva. Chegamos a um posto à beira da BR 364, completamente ensopados, às 14:15 h, percorrendo 200 km neste trecho. Mais uma vez as fotos da placa da divisa de estados ficou por conta da turma que vinha logo após nós. Fizemos as atividades de praxe e partimos para o trecho final até Rio Branco/AC, aproveitando uma pausa na chuva.

















Não registrei nenhum dado deste trecho final (nem horário de partida, nem quilometragem, nem horário de chegada), infelizmente. Uma chuva torrencial nos pegou neste trecho final, ao ponto de a visibilidade cair para quase zero. Cogitei em parar em algum posto e aguardar a chuva passar ou diminuir sua intensidade. Graças à insistência de Hélio, que tinha pressa em chegar logo em Rio Branco/AC, prosseguimos viagem e por sorte a chuva logo diminuiu sua intensidade. Chegamos em Rio Branco/AC no final da tarde, ainda claro e a quilometragem deste trecho indicada pelo Google Maps é de aproximadamente 100 km. Não demoramos muito, e localizamos o hotel que nosso amigos acreanos, Alício e Raphael,  haviam nos reservado, o INÁCIO PALACE HOTEL. Mal nos alojamos e pouco tempo depois, Helenildo Lauro e Rodolfo chegaram ao hotel. Eles, assim como nós, fizeram uma viagem tranquila, sem incidentes.

Nosso amigo Alício, foi nos conhecer pessoalmente no hotel (antes só nos comunicamos por e-mail ou WhatsApp), e convidou-nos para jantar em um restaurante de comida típica peruana, já para entrarmos no clima. O local era muito agradável, localizado num ponto mais elevado da capital acreana e a comida era muito boa. Bebemoramos nosso feito saboreando algumas rodadas de pisco sour. O restaurante era o Peru 501.

De lá Alício ainda foi levar Hélio até o aeroporto, onde iria pegar vôo para Recife/PE, de onde só retornaria 02 dias depois. Ele tinha uma audiência marcada no juizado de pequenas causas de Vitória de Santo Antão/PE. Nossa turma iria se dividir novamente: eu ficaria em Rio Branco/AC, aguardando a volta de Hélio para continuarmos a viagem e os demais - Helenildo, Lauro e Rodolfo seguiriam logo na manhã seguinte, em direção ao Peru.

QUILOMETRAGEM DO DIA:    725 KM.
QUILOMETRAGEM TOTAL:  5.436 KM.

DIA 10 - RIO BRANCO/AC, VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/PE e PUERTO MALDONADO/Peru (12/04/2015)

Conforme comentei no item anterior, apenas 04 dos ruteiros pernoitaram em Rio Branco/AC (eu, Helenildo, Lauro e Rodolfo). Hélio viajou ainda de madruga, indo de avião até Recife/PE e somente voltaria 02 dias depois. Eu resolvi que ficaria esperando por ele e os outros prosseguiriam com o roteiro original, partindo na manhã de 12/04/2014 em direção a Puerto Maldonado/Peru.

Acordei cedo para me despedir dos viajantes, desejando-lhes boa viagem.
















Enquanto nossos três pioneiros viajavam para Puerto Maldonado/Peru, eu aproveitei o domingo para descansar. Após o café da manhã dormi mais um pouco e somente saí à tarde. Fui ao shopping para almoçar e fazer algumas compras. À noite jantei numa lanchonete em frente ao hotel mesmo.

Fiquei na expectativa de notícias dos 03 ruteiros que estavam em deslocamento. Somente após chegarem ao hotel que nós reservamos - HOTEL PUEBLO VERDE, tive notícias deles. A viagem transcorreu tranquila, mas eles se decepcionaram com o hotel. O ar condicionado não funcionava e a água do banho vazava para o quarto! Como eles chegaram tarde e cansados, acabaram dormindo por lá mesmo.

O mapa, os dados de quilometragem e os horários de partida/chegada relativos a este trecho, serão reportados quando postar a minha viagem e a de Hélio. Seguem algumas fotos da viagem dos 03 pioneiros, neste dia.






DIA 11 - RIO BRANCO/AC, VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/PE e CUSCO/Peru (13/04/2014)

Na segunda-feira, 13/04/2015, aproveitei o dia em Rio Branco/AC para cuidar de minha BMW Sertão. Levei minha moto a um mecânico/eletricista de confiança de Alício, para dar mais uma revisada na bateria. Ela foi verificada e aprovada.

Depois fomos ao restaurante do pai de Raphael, que havia chegado de viagem a São Paulo/SP. Uma boa comida nordestina, e Raphael ainda não me deixou pagar a conta. Almoço bom e preço 0800! De lá ainda fomos a um lava-jato, dar um "banho" na BMW Sertão. Enquanto ela era lavada fui na casa de Raphael, conhecer sua máquina e os baús laterais que ele comprou. Ele tem uma BMW F 800 GS Adventure.



Voltei de carona com Alício ao lava-jato, para pegar minha moto e voltar ao hotel. Tive de esperar eles concluírem, mas valeu a pena. A Sertão ficou zero bala! Voltei ao hotel e somente saí novamente à noite. Fui a uma reunião do grupo de amigos de Alício e Raphael. Fui muito bem recebido por todos, batemos um bom papo num barzinho à beira do canal da maternidade, área urbanizada e muito agradável de Rio Branco/AC.














Mais tarde, Alício, eu e Raphael seguimos para o aeroporto, esperar Hélio, que retornava de Recife/PE. No dia seguinte Hélio e eu retomaríamos nossa viagem, para nos encontrar com os pioneiros Helenildo, Lauro e Rodolfo.

Por mais que agradeçamos toda a atenção que nossos colegas Alicio e Raphael nos dispensaram, ainda será pouco. Esperamos que um dia eles venham à nossa cidade, e possamos tentar retribuir na mesma moeda.

Enquanto tudo isso ocorria em Rio Branco/AC, nossos 03 pioneiros realizavam a viagem no trecho Puerto Maldonado/Peru a Cusco/Peru. Novamente a demora em saber notícias deixou a todos apreensivos, quer seja em Rio Branco/AC ou em Recife/PE.  Somente por volta das 22:00 h eles deram notícias. Disseram que a viagem foi muito demorada, por conta das estrada muito sinuosa e pelas muitas paradas para fotos. Mas todos chegaram bem. Agora eles teriam 03 dias em Cusco/Peru, onde nos esperariam, para continuarmos juntos nossa viagem. 

O mapa, os dados de quilometragem e os horários de partida/chegada relativos a este trecho, também serão reportados quando postar a minha viagem e a de Hélio. Seguem abaixo algumas fotos da viagem deles neste dia e também um vídeo com o resumo de nossa jornada, de Recife/PE à fronteira com o Peru.