Depois
de 02 meses de viagens de curta quilometragem, partimos para um
roteiro de maior distância, a cidade de Penedo/AL, onde se
realizaria um encontro motociclístico, o 2º Penedo Motofest. Desta
vez, já calejados por experiências anteriores, planejamos tudo com
02 meses de antecedência, incluindo a hospedagem e as folgas no
trabalho, devidamente negociadas com nossos chefes.
Como
o percurso de ida e volta a partir de Recife/PE seria em torno de
quase 900 km, resolvemos partir na sexta-feira (20/04/2012), pois
assim teríamos o sábado inteiro (21/04/2012) para conhecer a cidade
e suas atrações e voltaríamos no domingo (22/04/2012) pela manhã.
Escolhemos as estradas do litoral, utilizando as rodovias estaduais
PE 060 e AL 101, no nosso roteiro de ida e a BR 101 para o nosso
roteiro de volta.
No
dia 20/04/2012, eu (Marcos) e Alan chegamos ao ponto de encontro, o
Auto posto BR Candeias, localizado por trás do hiperbompreço de
Candeias, às 06:51h. Fomos os primeiros a chegar. Helenildo e
Rogério, juntamente com sua esposa Carla chegaram praticamente
juntos, às 07:07h e 07:09h, respectivamente. Após os devidos
reabastecimentos e fotos, iniciamos nossa viagem às 07:20h.
Seguimos
em direção à praia do Paiva, na denominada Estrada dos Coqueiros,
após pagarmos o pedágio (R$ 2,00 por moto) no início da ponte que
atravessa o rio Jaboatão. O trânsito estava tranquilo ao longo de
toda a Estrada dos Coqueiros, mas muito congestionado logo no seu
final, na estrada de acesso à praia de Gaibu, onde era intenso o
tráfego de veículos em direção à PE 060. Comprovamos mais
adiante que o motivo do congestionamento era o acesso ao porto de
Suape, pois após esta entrada o tráfego melhorou consideravelmente.
Pegamos a PE 060 em direção a Alagoas, onde o tráfego foi intenso
até mais ou menos o acesso à praia de Barra de Sirinhaem. Neste
trecho da PE 060 fomos acompanhados de chuva intensa, que aparentava
que iria nos acompanhar por toda a viagem, mas que cessou por
completo na altura do acesso da citada praia. A partir daí até São
José da Coroa Grande/PE, sol e estrada praticamente vazia.
Fizemos
nossa 1ª parada em São José da Coroa Grande/PE, às 09:02h,
percorrendo 104 km. Paramos para nosso café da manhã no Bar e
restaurante da Nênem, pois como dizem, saco vazio não fica em pé
(nem motociclista montado!). O café foi muito bem servido e está
aprovado pelo nosso controle de qualidade. Menção honrosa também
para a limpeza do banheiro (pelo menos o masculino), coisa raríssima
em estabelecimentos à beira de estradas. Saímos de lá às 09:53h,
com próxima parada prevista para Maceió/AL.
Adentramos
o estado de Alagoas e nos primeiros quilômetros rodados naquele
estado estado, fomos parados numa blitz da polícia rodoviária
estadual, juntamente com outras 02 motos que haviam passado por nós
a pouco tempo. Tudo OK com todos, menos com nosso presidente
Helenildo, que foi brindado com uma multa, por está pilotando sendo
o imprescindível instrumento de correção visual, ou no popular, os
óculos. Ele prontamente afirmou que seu gesto fora um sacrifício
pessoal, para exemplificar para os demais membros do grupo, a
importância de pilotar rigorosamente dentro da lei, sob pena das
sanções cabíveis (essa foi boa, há, há, há!). Infelizmente, na
correria para chegarmos à nossa próxima parada, deixei de registrar
este momento. O trecho alagoano se caracterizou pela existência de
muitas cidades e povoados, com muitos quebra-molas.
Fizemos
nossa próxima parada na Praia da Sereia, em um posto de combustível
defronte a um mar de azul hipnotizante, poucos quilômetros antes de
Maceió/AL. Chegamos às 11:55h, rodando 132 km. Neste trecho, a moto
do Alan acendeu a luz de reserva de combustível, e ele teve de parar
para reabastecer. As motos dos demais foram reabastecidas no posto da
Praia da Sereia. Demoramos pouco tempo, apenas o suficiente para o
reabastecimento de líquidos das motos (gasolina) e dos motociclistas
(água e refrigerante) e a indispensável ida ao banheiro.
Infelizmente não registrei a hora de nossa partida.
Continuamos
pela AL 101, cruzando toda a cidade de Maceió/AL, pela orla
marítima, num mini city tour, em especial para os colegas que ainda
não conheciam a capital alagoana. Para nossa grata surpresa, a AL
101 estava duplicada a partir da 1ª ponte, na lagoa Mundaú. A
estrada seguiu duplicada até mais ou menos o acesso à Praia do
Francês. Embora toda a estrada, desde de Pernambuco tenha um visual
magnífico, quase sempre com a visão das praias, este trecho, na
minha opinião, é o mais bonito de todo o percurso, pois além do
mar temos a visão das lagoas Mundaú, Mangaba e do Roteiro.
Pretendíamos efetuar mais uma parada neste trecho, mas como ele é
um tanto quanto deserto, com poucas cidades ao longo do trecho,
acabamos “tirando direto, feito cantiga de grilo”, para
desespero da garupeira Carla, esposa de Rogério. Outro fato
importante a narrar neste trecho, são as bifurcações existentes no
caminho, as quais deveriam ser melhor sinalizadas, pois por 02
ocasiões tivemos dúvida sobre qual estrada seguir.
Chegamos
a Penedo/AL, mais especificamente na recepção do evento
motociclístico às 14:35h, totalizando 181 km neste trecho. Fomos
muito bem recepcionados pelo moto clube organizador do evento, o
Falcões do Baixo São Francisco, o qual nos disponibilizou um guia
para nos levar até o nosso hotel, o Hotel São Francisco.
O
hotel superou nossas expectativas. Embora seja uma construção
antiga, os quartos são imensos, confortáveis e têm uma vista
privilegiada do rio São Francisco. O único senão é a ausência de
estacionamento, mas não tivemos problemas em conseguir vagas em
frente ao mesmo, junto a muitas outras motos. Após um merecido e
necessário banho, saímos a pé, para almoçar, em direção à
beira-rio. Optamos por um bar/restaurante muito bem localizado às
margens do velho Chico, o Oratório. Ali pudemos apreciar uma cerveja
geladíssima e bem preparados tira-gostos, tudo de excelente
qualidade, além de apreciar o por de sol.
Voltamos
ao hotel e, embora tenha batido aquela preguiça em todos, apenas eu
fui sincero e disse que não iria ao evento aquela noite, pois
preferia dormir bem e aproveitar o passeio no dia seguinte. Descemos
para jantar no restaurante do próprio hotel e ao subirmos,
Helenildo, Rogério e Alan combinaram de se encontrar na entrada do
hotel, para seguirem até o evento, na beira-rio. Moral da
história:ninguém foi ao evento naquela noite.
No
sábado, 21/04/2012, acordei cedo, por volta das 06:00h e como
julguei que ainda era muito cedo, programei-me para sair e dar uma
caminhada pela cidade. Passei pelo restaurante, onde seria servido o
café da manhã, e para minha satisfação, eles já o estavam
servindo. Lá encontrei o Rogério e a Carla e logo depois chegou o
Helenildo. Após terminar o café fui acordar o Alan, que era o
retardatário da turma, ao mesmo tempo em que contactei a agência de
turismo indicada pelo hotel, a Farol da Foz.
Acertamos
com o Robério, da agência Farol da Foz, que iríamos fazer o
passeio de barco até a foz. Ele nos passou as coordenadas de
localização de sua agência e logo após pegamos nossas motos e
seguimos pela mesma estrada em que chegáramos no dia anterior, em
direção à cidade de Piaçabuçu/AL. Não registrei a quilometragem
deste percurso, mas consultando o Google Maps posteriormente, aferi
que é de 22km.
Acabamos
não encontrando a agência Farol da Foz, por desatenção minha ao
roteiro indicado pelo Robério, mas acabamos sendo encontrados pelo
Wellington, capitão do barco que nos levaria até a foz. Ele nos
mostrou o caminho até a Farol da Foz.Fomos
muito bem atendidos na agência Farol da Foz, pois explicaram como
seria o passeio, providenciaram um isopor para nosso consumo de
“líquidos” e ainda nos transportaram até o local de embarque,
pois deixamos nossas motos estacionadas lá. O passeio custou R$
35,00 por pessoa.
Chegando
ao local do embarque, tivemos uma surpresa: um velho conhecido meu e de Helenildo iria
fazer o passeio no mesmo barco que nós! Se nós combinássemos não
teria dado tão certo. Trata-se do colega benebeano Canuto, lotado
atualmente na Ag. Penedo/AL do BNB, que estava com passeio programado
juntamente com sua família.
Embarcamos
juntamente com o Canuto e sua família, bem como outras pessoas que
também iriam fazer o passeio no mesmo barco. Nosso barco neste
passeio foi o Velho Chico II.
Por
mais que me esforçasse, creio que não conseguiria traduzir em
palavras, a satisfação proporcionada por este passeio. Tentarei
mesmo assim.
Após
sairmos de Piaçabuçu/AL, o barco seguiu por mais ou menos 01 hora
até o local de atracação, na margem do rio, cerca de 02
quilômetros antes da foz propriamente dita. No percurso passamos por
algumas ilhas, uma das quais denomina-se Ilha da Criminosa, cuja
origem do nome nos foi explicada pelo capitão Wellington. Passamos
também por um antigo farol, hoje inoperante, que antigamente ficava
em um povoado que existia na região, mas que foi invadido pelo rio,
restando apenas o referido farol, inserido atualmente no leito do
rio. A região da foz, na maré baixa, é dominada por dunas de areia
e o rio assemelha-se a uma praia tradicional. Ficamos por ali por
cerca de 02 horas, tempo em que, além de nos banharmos no rio, fomos
caminhando, eu, Alan, Rogério e sua esposa Carla até a foz do rio.
Fizemos
nosso percurso de volta em torno de 01 hora, até Piaçabuçu/AL.
Desta vez o próprio Robério foi nos esperar no cais, conduzido-nos
atá a Farol da Foz num superbuggy, utilizado por ele para fazer o
mesmo passeio, só que indo pelas dunas, com opção de parapente,
para os mais afoitos (ou sem juízo). Este passeio ficará para a
próxima ocasião.
Retornamos
a Penedo/AL, e almoçamos na churrascaria O Portal, logo na entrada
da cidade. Comida boa, bem servida e com bom preço. Todos ficaram
saciados. Após o almoço no dirigimos à beira do rio, onde estava
ocorrendo um moto passeio, promovido pelos organizadores do evento.
Não nos agregamos ao mesmo, pois aproveitamos para lavar as motos,
com a água do velho Chico.
Após
a lavagem das motos, retornamos ao hotel, já anoitecendo. Nada mais
justo que um merecido relax na excelente piscina do hotel, onde
ficamos até às 19:00h. Lembramos na hora da célebre frase do
saudoso sambista Dicró: “Se fui pobre nem me lembro...”.
Subimos
para nossos quartos e combinamos de nos encontrar logo mais, na
lanchonete existente no térreo do hotel. Todos lancharam por lá,
antes de seguirmos para o evento, pois havíamos almoçado já
bastante tarde. Helenildo informou-nos que teria de voltar mais cedo
que nós, sozinho, pois precisaria chegar o mais cedo possível, para
prestar apoio logístico ao seu filho, que estava indo a Recife/PE
fazer provas do concurso da CEF. Dissemos a ele que fosse tranquilo,
que nós voltaríamos um pouco mais tarde, logo após o café da
manhã do domingo.
Não
obstante isso, seguimos todos ao evento na beira-rio, inclusive o
Helenildo, que iria madrugar. Apesar de ser apenas o 2ºano do Penedo
Motofest, o evento contava com a participação de muita gente, com
moto clubes vindos de muitos lugares diferentes, até mesmo de Minas
Gerais. Havia também muitas barracas vendendo produtos
motociclísticos. Apenas nesta ocasião, já na noite do último dia,
fizemos a inscrição do nosso moto clube. Mas não fomos os únicos,
pelo que pude constatar.
Ficamos
pelo evento até 01:00h da madrugada, quando nos recolhemos no hotel,
embora a festa ainda estivesse bombando, pois queríamos sair o mais
cedo possível, no dia seguinte.
Na
manhã seguinte, domingo 22/04/2012, acordamos todos cedo e fomos um
dos primeiros a tomar o café. Após o café subimos para arrumar as
coisas, descendo logo depois, de mala e cuia na mão, para encerrar
nossas contas e pegarmos a estrada de volta a Recife/PE.
Como
havíamos combinado no início de nossa viagem, voltaríamos pela BR
101. Saímos do hotel às 08:15h e paramos num posto BR, logo no
início da estrada que segue para Arapiraca/AL, para reabastecimento
das motos. Saímos do posto às 08:33h, com próxima parada
programada para Pilar/AL. Chegamos no posto BR, existente na entrada
para a cidade de Pilar/AL às 10:23h, percorrendo 145 km neste
trecho. Fizemos uma breve parada, apenas para reposição e
eliminação de líquidos, aproveitando para vermos o final da
corrida de fórmula 1. Retomamos nossa viagem, saindo de lá às
10:55h. A próxima parada prevista era em Palmares/PE, entretanto,
devido a inexistência de postos de combustíveis às margens da BR
101 em Pernambuco (a qual já se encontra duplicada, a partir de
Palmares/PE, ao contrário de Alagoas), acabamos tirando direto até
Ribeirão/PE, onde tivemos de fazer uma pequena entrada na cidade,
para acharmos um posto (posto Bandeirante Shell). Chegamos lá às
13:00h, percorrendo 170 km neste trecho. Como já estávamos próximos
a Recife/PE, resolvemos não parar para almoçar. Chegamos ao ponto
final de nossa viagem, o qual foi estipulado que seria no 1º posto
acessível e aberto, logo após nossa chegada em Recife/PE, no posto
BR na Imbiribeira, logo após o Geraldão. Chegamos às 02:15h,
percorrendo 79 km desde Ribeirão/PE.
Finalizamos
nossa viagem sem nenhum problema na ida ou na volta. Percorremos ao
todo 855 km de estradas, sendo 417 km no percurso de ida pelo litoral
e 394 km no percurso de volta pela BR 101. Foram percorridos também
44 km (ida e volta) entre Penedo/AL e Piaçabuçu/AL.
Os
conterrâneos que participaram desta viagem (eu, Alan, Helenildo e
Rogério) computaram 855 km em suas cotas.
Belo relato!
ResponderExcluirParabéns aos que participaram e espero ir no próximo.
Abraços a todos,
Lauro
Meu secretário, você dá pra reporter... rsrsrsrs fiquei com inveja de vocês... na próxima também deverei estar presente!
ResponderExcluirAbraços
Augusto
Beleza de relato, parabéns ao nobre relator que segundo nosso amigo/irmão Augusto "dá prá reporter", rsrsrs...
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