quinta-feira, 29 de maio de 2014

VIAGEM A PETROLINA/PE (01/05 a 03/05/2014)


Visualizar Viagem a Paulo Afonso/BA (01/05 a 03/05/2014) em um mapa maior

Cheguei ao local de encontro, Posto Arco Íris, em Pombos/PE,às 06:08h. Fui o primeiro a chegar. No percurso parei no posto Ipiranga, em Santo Aleixo, local combinado para encontro com Lauro. Como o posto estavam isolado por cordas, resolvi seguir direto para o ponto de encontro inicialmente combinado. Por volta das 06:19 h, Hélio chegou. Estava faltando apenas o Lauro. Ele chegou aproximadamente às 06:40h.
Ele veio “fumando numa quenga” comigo, como dizemos por aqui, pois ficara me esperando um tempão, lá no posto Ipiranga de Santo Aleixo. Depois de muita conversa, a paz entre nós foi reestabelecida. Todos abastecemos nossas motos, antes da partida. Pus 11,08 litros na minha, ao custo de R$ 32,48.



Saímos de Pombos/PE às 07:21h. Rodamos direto até Arcoverde/PE, onde chegamos às 09:24, percorrendo 200 km neste trecho. Abastecemos as motos, e para fins de registro do consumo, a minha GS 650 Sertão pegou 8,83 litros de gasolina. Escolhemos o posto que fica no Hotel Cruzeiro, que tem uma excelente estrutura para os viajantes. Além de abastecermos as motos, fizemos um lanche no restaurante do local.
Saímos de Arcoverde/PE às 10:23h, com destino a Serra Talhada/PE.



Chegamos em Serra Talhada/PE às 11:50h, percorrendo 161 km desde nossa partida de Arcoverde/PE. Desta feita paramos num posto à beira da estrada, na zona urbana desta cidade, o qual não tinha nenhuma estrutura. Não tinha sequer água mineral à venda. Por sorte havia uma vendinha bem próxima, onde pudemos saciar nossa sede. Como de praxe, reabastecemos as motos, para o próximo trecho, até Cabrobó/PE. Minha GS 650 Sertão pegou 7,36 litros de gasolina, que custaram R$ 22,89. Desta vez demoramos pouco tempo e partimos às 12:11h.

Chegamos em Cabrobó/PE às 13:56h, percorrendo 173 km desde nossa partida de Serra Talhada/PE. Paramos no primeiro posto que avistamos. Embora houvesse uma lanchonete em anexo, as opções disponíveis eram bem limitadas. Segundo a atendente, como era um feriado, ela estava desabastecida, sem ter como repor as mercadorias. Pegamos apenas um suco de polpa (uma mistureba de várias frutas...) e Lauro comprou alguns biscoitos na loja de conveniência do posto. Abastecemos novamente as motos, para o trecho final de nossa viagem. A minha pegou 8,43 litros de gasolina, ao custo de R$ 26,71. Saímos de lá às 14:43h.

Chegamos no Hotel Petrolina Palace, na cidade homônima às 16:35h. Registrei 187 km neste percurso, conforme registro no hodômetro de minha moto. Como tive um trecho extra, retornando para encontrar os demais companheiros que haviam ficado para trás, resolvi descontar 05 km deste trecho, considerando portanto 182 km.

Fizemos logo nosso check in, ocupamos nosso quarto e após um merecido banho, fomos perambular pela orla fluvial, famintos por uma refeição decente, na qual não poderia faltar uma suculenta porcão de carne assada, regada por algumas cervejas muito geladas. Um prêmio merecido, após um dia na estrada, à base de lanches, muitos deles improvisados. Após uma lauta refeição, saboreada às margens do velho Chico, tivemos uma restauradora noite de sono.

No dia seguinte, 02/05/2014, após o excelente café da manhã do hotel, decidimos a programação do dia, em conjunto. Resolvemos ir até a barragem de Sobradinho e na volta dar uma esticada até a ilha do Rodeadouro, famoso balneário local. Atravessamos o rio e adentramos em Juazeiro/BA.


Paramos num posto para abastecer e pedimos instruções de como chegar em Sobradinho/BA. Seguimos para lá, passando pelo centro urbano de Sobradinho/BA e logo chegamos à barragem propriamente dita. Fizemos a 1ª parada junto à eclusa, estrutura utilizada no transbordo dos barcos do nível do rio (mais baixo) para o nível da represa (mais elevado) e vice-e-versa. Tiramos algumas fotos e aproveitamos a ocasião para saborear uma água de coco gelada. Lá no local um ecológico vendedor estava postado com seu carro e sua barraquinha. Conversamos com ele, muito gente boa (pena não lembrar o nome dele!) e ele disse que sempre recolhe o lixo oriundo de seu negócio e até mesmo o atirado por irresponsáveis que passam pelo local, muitos em seus carrões, sem o menor respeito pelo local. Ainda bem que ainda existem pessoas como ele!



Além de fornecer um produto de excelente qualidade e extremamente útil para aquele local e clima, ele ainda nos deu a dica de voltarmos por outro caminho, atravessando toda a barragem e pegando a estrada do outro lado, seguindo até Petrolina/PE. Além de não repetirmos o caminho da ida, ainda economizaríamos alguns Kms. Seguimos por cima da barragem e paramos próximo à usina hidroelétrica. Parmos para novas fotos. Na hora de partimos, eu dei uma grande bobeira e caí em câmara lenta, com a moto parada! Vou explicar: existem alguns trilhos de ferro, paralelos à pista que existe no topo da barragem, fui sair e caí na vala de um destes trilhos, tentei segurar minha moto mas o máximo que fiz foi deixá-la cair suavemente, o que já foi um grande lucro. Levantada a moto, partimos com destino a Petrolina/PE. Continuamos pela BA 316, estrada que começa em Sobradinho/BA, passa por toda a barragem e vai até a BR 235. Ao chegarmos no cruzamento com BR 235, não havia sinalização, e ficamos em dúvida com relação a que lado deveríamos seguir (estávamos se GPS e sem mapas). Escolhemos dobrar à direita e após alguns metros, parei e resolvi voltar e perguntar a um motoqueiro, a direção em que ficava Petrolina/PE. Ele confirmou que estávamos na direção certa, voltei ao encontro dos demais companheiros e seguimos viagem. Pouco quilômetros depois avistamos a divisa BA/PE. Mais alguns quilômetros e chegamos em Petrolina/PE, passando defronte ao aeroporto. Não fiz registro de horários, nem de quilometragens. Consultando o Google Maps posteriormente, (vide mapa abaixo), verifiquei que nosso roteiro completo foi de 111 km.

Paramos um pouco mais adiante, num girador, onde havia a indicação da estrada
para a ilha do Rodeadouro. Como ainda estava cedo, resolvemos dar um pulo até lá. Seguimos pela estrada, encontrando um grupo de motos esportivas, que também seguia para lá. Para nossa surpresa, os bares e restaurantes estavam fechados em sua maioria. Não havia movimentação na ilha nem nos bares da orla. Talvez por ser uma sexta-feira, dia útil para os demais, que não estavam “folgando” como nós três. Paramos num dos bares fechados, tiramos fotos e voltamos a Petrolina/PE.



A esta altura do campeonato a fome já estava apertando e resolvemos almoçar no Bodódromo, conglomerado de restaurantes especializados na cozinha regional, especialmente em bode. Seguimos Hélio, que de nós três era quem conhecia melhor a cidade e após rodarmos um pouco mais que o devido, conseguimos, graças ao auxílio de alguns petrolinenses, chegar até o local. Saboreamos um excelente almoço, deixando a todos satisfeitos e voltamos para o hotel. Deixamos as motos estacionadas, e fomos andando até a orla fluvial, onde ocorria uma competição de jet sky. Nós nunca havíamos assistido uma competição desta categoria, e ficamos positivamente surpresos com a potência dos jets e a emoção da disputa.

Voltamos ao hotel já ao anoitecer. Para findar nosso agitado dia, fomos caminhar à noite no calçadão da beira-rio, e jantamos/lanchamos num lanchonete muito boa. Voltamos ao hotel e dormimos cedo, pois teríamos muita estrada ao longo do dia seguinte.
Acordamos cedo, pois o café seria servido a partir das 06:00h. O tempo estava nublado e tudo indicava que teríamos muita chuva pela frente. Tomamos nosso café, acertamos nossas conta e partimos a seguir. Paramos no primeiro posto de combustível que avistamos, completamos os tanque e iniciamos finalmente nossa viagem de volta. Havíamos resolvido fazer um percurso diferente, mesmo que provavelmente mais longo,
passando por Petrolândia/PE, Paulo Afonso/BA e Garanhuns/PE.

O trecho inicial correspondia ao mesmo trecho final do nosso percurso de ida. Devo confessar que meus registros em áudio foram negligenciados em boa parte de nossa viagem de volta. Não registrei o horário de nossa saída do posto, nem o horário de chega da em Cabrobó/PE. Talvez a chuva intensa que pegamos neste trecho tenha contribuído para isto. Chegamos encharcados e demoramos apenas o tempo de abastecimento das motos e de tomarmos um cafezinho para esquentar o corpo. Minha GS 650 Sertão pegou 9,22 litros, no valor de R$ 29,22. Percorremos neste trecho 182 km, considerando-se a mesma quilometragem da ida. Partimos de lá às 09:45h.

Percorremos mais alguns quilômetros pela BR 428, e após o cruzamento desta com a BR 116, pegamos a BR 316, passando por Belém do São Francisco/PE, arredores de Floresta/PE, continuando nesta BR até Petrolândia/PE, onde fizemos uma parada técnica, para tirarmos água do joelho. Percorremos 164 km neste trecho. Não registrei o horário de chegada. Todo este trecho apresenta-se com asfalto de excelente qualidade. A chuva colaborou conosco, ocorrendo apenas de forma ocasional, neste trajeto. Demoramos pouco tempo, cercados pelo curiosidade de um grupo de garotos, que nos enchiam de perguntas sobre as motos, partimos e paramos logo à frente. A cidade apresenta uma bela orla lacustre, à beira da barragem de Itaparica. A tonalidade das águas desta represa são de uma cor hipnotizante, podendo descrevê-la como uma imensa piscina de água azul esverdeada ou verde azulada, se preferirem. Existem alguns bares e restaurantes nesta avenida, mas limitamo-nos à tirar fotos do local. Seguimos viagem em direção a Paulo Afonso/BA, desta feita seguindo pela BR 110, que margeia a barragem de Itaparica. Mais adiante, nas imediações do paredão da barragem, não resistimos ao visual e paramos para novas fotos no local. Continuamos pela BR 110, até chegarmos à BR 423, já bem próximo a Paulo Afonso/BA.

Ao chegamos na BR 423, viramos à direta, em direção a Paulo Afonso/BA. Embora Garanhuns/PE ficasse na direção oposta, tínhamos de parar e tirar uma foto na ponte que faz a divisa entre AL/BA. Na viagem anterior, quando também passamos por ali, Hélio reclamou muito, por não registrarmos aquela beleza de paisagem em fotografias. Desta vez, este pecado não foi cometido. Após as fotos, partimos em direção a Garanhuns/PE, parando no mesmo posto em que paramos na viagem anterior, no povoado Jardim Cordeiro. A chuva também nos agraciou com sua ausência, neste trecho. Não registrei a quilometragem percorrida, nem a hora de chegada no posto. Simulando posteriormente no Google Maps, o trajeto de Petrolândia/PE à ponte citada, e desta ao posto em que paramos, obtive cerca de 63 km. Fizemos um lanche, substituto de nosso almoço e abastecemos nossas motos. Minha GS 650 Sertão pegou 11,265 litros, no valor de R$ 34,57.

Partimos às 13:31 h, em direção a Garanhuns/PE, seguindo pela BR 423, que a exemplo das demais se encontrava em excelente estado de conservação. A chuva nos alcançou novamente, alguns quilômetros antes de Garanhuns/PE, e veio forte e intensa, acompanhando-nos até a nossa parada. Chegamos às 15:34 h, percorrendo 212 km neste trecho. Nesta parada tivemos dois incidentes: Hélio pediu-me para estacionar a sua GS 800 e eu cai de novo, também com a moto parada, e desta vez como a moto de outro! Graças aos protetores laterais, a moto não sofreu quase nada e eu mantive meu tornozelo incólume. O outro ocorrido foi com Hélio, o dono da moto que derrubei. Ele estava de viseira fumê, e quando foi trocar por uma viseira normal, verificou que se enganara e pegara uma viseira incompatível com o seu capacete. Tomamos um café expresso, para espantar o frio (estava fazendo cerca de 18º e estávamos encharcados da chuva) e abastecemos as motos. A GS 650 Sertão pegou 11,22 litros.

Partimos de Garanhuns/PE às 16:37 h. Hélio avisou-nos que iria disparar na frente, para aproveitar o máximo possível os minutos de claridade ainda restantes. Eu e Lauro seguimos atrás, em ritmo mais moderado. A chuva intensificou-se e nos acompanhou até São Caetano/PE. Este trecho da BR 423, tem tráfego intenso e a pista é simples, não há duplicação. Eu e Lauro detestamos pilotar à noite, e pior ainda com chuva e obras ao longo da pista. Respiramos aliviados quando chegamos em São Caetano/PE, onde fizemos uma parada não prevista, para relaxar do stress. Dali para frente estávamos na nossa velha conhecida, a BR 232, com pista duplicada. Embora já fosse noite fechada, nos sentimos praticamente em casa, animados também pelo fim da chuva. Seguimos em direção ao nosso destino final, o 1º posto após a descida da serra das Russas, em Pombos/PE. Chegamos às 18:38 h, percorrendo 170 km desde Garanhuns/PE. Para nossa surpresa, o companheiro Hélio estava à nossa espera. Pudemos encerrar todos juntos, esta que foi a maior viagem (até o presente momento) empreendida pelo nosso moto grupo.

Além do prazer indescritível de viajar de moto, conhecemos (ou revemos) lugares interessantes, partilhando bons momentos (e alguns poucos momentos ruins). Ficou de legado também, mais um grande aprendizado para nossas futuras viagens de longo curso, sobre o que devemos e o que não devemos fazer. Eu, Hélio e Lauro percorremos 716 km no percurso de ida, em 01/05/2014, 111 km no percurso de ida e volta de Petrolina/PE a Sobradinho/BA, em 02/05/2014 e mais 791 km no percurso da volta, em 03/05/2014. Computamos assim, 1.618 km em nossas cotas quilométricas.

Que venham logo novas estradas a percorrer e lugares a conhecer!

Segue o link para o álbum de fotos completo desta viagem, no Flickr: viagem a Petrolina/PE (01/05 A 03/05/2014)

Um comentário:

  1. Belo relato, Marcos. É quase como refazer a viagem...
    Gostei também do 'fumando na quenga'...........kkkkkk

    ResponderExcluir