domingo, 7 de outubro de 2018

RUTA NORTESUDAMERICA-Parte I - De Recife/PE a Puerto Maldonado/Peru



Meus caros leitores. Mais um vez me desculpo com vocês. A atualização do blog foi deixada de lado por mim. Em minha defesa tenho a alegar que estive por demais envolvido na realização de um novo grande projeto: a Ruta Norte Sudamerica.

Depois que nosso grupo realizou sua primeira e grande viagem internacional, a Ruta de los Andes, em 2015, a qual foi postada neste blog, eu sonhava com a hora de fazer uma nova longa viagem. Tive de esperar 03 anos, mas em maio/2018 o sonho se tornou realidade.


Foi um viagem diferente da anterior: alguns países novos, viagem com motos alugadas, quilometragem menor. Mas a empolgação e as horas gastas no planejamento não foram menores. No início iríamos em número maior de viajantes, mas por diversas razões, apenas eu (Marcos) e Hélio embarcamos nessa aventura. Nas postagens posteriores, à semelhança do que fiz com a viagem anterior, tentarei repassar-hes um pouco de nossas histórias, nesses 36 dias de viagem.

ETAPA I – De Recife/PE a Puerto Maldonado/Peru (01/05 a 04/05/2018)

1º DIA – 01/05/2018

Nosso trecho inicial, Recife/PE a Porto Velho/RO, foi percorrido de avião.Vou explicar. Como dito no texto introdutório, essa viagem foi realizada com motos alugadas. Alugamos a motos com a Tagino Adventure Tour (Silva Tour Representações Ltda), que fica em Porto Velho/RO. Foi uma indicação de nossos amigos acreanos, Raphael e Alicio. O Tagino, titular da empresa, é um experiente organizador de viagens, roteiros, etc. Com ele apenas alugamos as motos, para o percurso de Porto Velho/RO até Cartagena/Colômbia. O roteiro foi por nossa conta.

Saimos de Recife/PE no dia 01/05/2018, com embarque previsto para as 06:05 h, com conexão em Brasília/DF. Madruguei e segui para o aeroporto, para encontrar meu parceiro de viagem. Para nosso surpresa, o amigo Helenildo estava lá, para nos desejar uma boa viagem. Uma baita demonstração de amizade...


Fizemos o trecho inicial (Recife/PE a Brasília/DF) e após uma breve conexão, pegamos nosso vôo para Porto Velho/RO. Desembarcamos, pegamos nossas bagagens e chamamos um Uber para nos levar ao Hotel Nativo. O motorista não sabia andar na cidade! Após algumas voltas conseguimos chegar ao hotel. Fizemos nosso check in e fomos ver nossas motos. O Tagino havia deixado elas na garagem do hotel. Tudo em ordem, apenas com a ressalva de 02 coisas: o vidro do farol da minha GS 800 Adventure estava trincado e o pneu traseiro da GS 120 de Hélio não era o original, pois tinha um perfil muito on road. Comunicamos essas ressalvas ao representante de Tagino e recebemos as motos.


Ficamos o resto do dia no hotel e suas proximidades, saindo apenas para almoçar e jantar. No hotel, além de muitas conversas com o Zezinho, proprietário do Hotel Nativo, falamos com alguns motociclistas locais, que nos deram boas dicas, sobretudo com relação ao Peru. O Zezinho também é motociclista e está sempre recebendo, de braços abertos, os irmãos motociclistas que passam por lá.

2º DIA – 02/05/2018

No dia seguinte, começamos a parte motociclística de nossa viagem. Nesse dia nosso objetivo era Rio Branco/AC, distante cerca de uns 500 km, pela BR 364. Partimos logo após o farto café da manhã, deixando os adesivos de nossos motoclubes no painel. Perdi os dados relativos a horário e quilometragem deste 1º dia, portando a quilometragem será informada com base no Google Maps e horário, já era.


Nossa parada inicial foi no mesmo posto de combustível no qual paramos em nossa viagem de 2015, na cidade de Abunã/RO, um pouco antes da travessia (de balsa), do grande rio Madeira. Foram cerca de 215 km, sem paradas desde Porto Velho/RO. Reabastecemos, descansamos um pouco e partimos para o trecho seguinte, com destino a um posto, na entrada da cidade de Acrelândia/AC. Foram mais 195 km neste trecho, incluindo uma travessia de balsa, do rio Madeira. Novamente reabastecemos, descansamos e fizemos um lanche rápido. Em seguida partimos para o trecho final, o Villa Rio Branco Hotel. Chegamos no final da tarde, percorrendo uns 115 km nesse trecho final.



Nosso planejamento original previa apenas um pernoite em Rio Branco/AC, mas como tínhamos folga no nosso cronograma, resolvemos ficar um dia a mais. Temos bons amigos por lá, Hélio pretendia trocar o pneu traseiro da moto dele e eu aproveitaria para consertar minha bota (o solado de um dos pés descolou, o que foi “consertado” com o uso de silver tape).

À noite saímos para jantar num bar temático (motociclismo, claro), sendo levados de carro pelo nosso amigo Alício. Junto com ele veio o Herlandes, youtuber do canal BR DUAS RODAS, canal com muitas informações para os viajantes pela região e para o Peru, o qual só conhecíamos virtualmente. Um bom papo e mais dicas dos colegas, sobretudo para o trecho peruano.


Quilometragem do dia = 525 km.
Quilometragem acumulada = 525 km.

3º DIA – 03/05/2018

O dia foi destinado aos consertos citados anteriormente (minha bota, moto de Hélio) e passeio pela cidade. Tudo certo com os consertos. Almoçamos no hotel mesmo, uma comidinha mineira. No final da tarde fomos ao shopping Via Verde e à noite jantamos uma pizza com outro amigo nosso, o Raphael, em tom de despedida de Rio Branco/AC.



4º DIA – 04/05/2018

Partimos do hotel logo após nosso café da manhã. Saimos às 07:44 h. Seguimos pela BR 317, que se conecta com a Estrada do Pacífico. O objetivo do trecho inicial era seguirmos direto até Epitaciolândia/Brasiléia, cidades vizinhas, ainda no Acre, mas fizemos 02 paradas rápidas nas cidades de Senador Guiomar/AC e Capixaba/AC, pois Hélio estava se queixando de dores lombares. Chegamos numa das cidades citadas (não me pergunte qual...), parando num posto, às 10:44 h, percorrendo 226 km.


Após uma breve parada de reabastecimento das motos e dos pilotos, saímos às 11:14 h, com objeto de parar em Assis Brasil/AC, última cidade antes do Peru. Paramos no último posto no lado brasileiro, a pouco metros do posto aduaneiro do Brasil. Chegamos às 12:38 h, percorrendo 111 km neste trecho intermediário. Reabastecemos as motos e rapidamente seguimos para o posto aduaneiro, registrar a saída de nossas motos. O atendimento foi rápido, similar à nossa experiência anterior, em 2015. Parabenizo aos agentes da Polícia Federal pelo eficiente trabalho. Seguimos pela Estrada do Pacífico (30C), andando poucos metros, parando na cidade de Iñapari/Peru, para os procedimentos de entrada no país.

Como de praxe, seguimos para o escritório da Migração, para registrar a nossa entrada. Tivemos de esperar um tempo, não muito longo, até o término do horário de almoço do pessoal do escritório. Aproveitamos para saborear um refrigerante local, o Inca Kola, que nosso amigo Alício, denominou de “tinge tripa”. O sabor é...diferente...





Após os procedimentos migratórios, seguimos para o escritório da SUNAT, a receita federal peruana, para registrar a entrada das motos. O atendimento foi um pouco mais demorado, mas tudo correu sem problemas. Logo depois da SUNAT, fomos ao bar/loja da Tuca, que fica ao lado, para fazer o SOAT, o equivalente ao nosso DPVAT. Fomos atendidos pela filha da Tuca, que já estava avisada de nossa passagem por ali, através do Tagino, o locador de nossas motos. O SOAT foi feito rapidamente.

Partimos de Iñapari/Peru às 14:20 h, iniciando efetivamente a parte internacional de nossa viagem. Continuamos pela rodovia 30C, atravessando a Amazônia peruana, trecho com poucas cidades. O objetivo final do dia era a cidade de Puerto Maldonado/Peru. Chegamos e adentramos em Puerto Maldonado/Peru, procurando o Hotel Centenário, nosso conhecido da viagem de 2015, e após algumas voltas, avistamos o mesmo e podemos encerrar nosso dia motociclístico. Chegamos ao hotel às 17:08, percorrendo 227 km neste trecho final.

Nos instalamos no bom Hotel Centenário, saindo apenas para o jantar. Resolvemos comer num local frequentado pelos nativos, para provar a comida comum do dia a dia deles. Fomos num restaurante simples, ao lado do hotel. A experiência sociológica/gastronômica foi interessante, mas a comida não foi tão saborosa, mesmo para quem passou o dia apenas com o café da manhã e rápidos lanches no percurso.


Após o jantar, resolvi dar uma volta no típico veículo local, o tuc-tuc. O comércio estava em pleno funcionamento, apesar do horário já adiantado, para nosso padrões. Fui à Plaza de Armas, caminhei um pouco e retornei ao hotel, também de tuc-tuc. Hora de repousar, pois no dia seguinte iríamos literalmente às alturas!

Quilometragem do dia = 564 km.
Quilometragem acumulada = 1.089 km.

Segue Abaixo o link para o álbum:






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